Elas estão aí, minha gente. Quem não percebe, não vive em 2014, ou nesse planeta. No nosso Brasil varonil, manda uma mulher e ninguém parece se surpreender com isso. Nos Estados Unidos, a poderosa Hillary Clinton foi secretária de Estado e se prepara para virar a dona do boteco. Nisso eles estão atrás da gente, não é mesmo?
Já Hollywood reage aos tempos com séries que colocam as mulheres mandando e desmandando. A mais nova delas se chama Madam Secretary, e é, ora vejam, sobre uma mulher que chega muito rapidamente ao poder, ou seja, ao cargo que já foi de Hillary Clinton e da durona Condoleeza Rice.
Na série, Téa Leoni, que não pode ser acusada de excesso de expressividade facial, faz o papel de Elizabeth McCord, ex-profissional da CIA que é chamada pelo presidente americano para substituir o secretário anterior, morto em um suspeito acidente de avião.
E vemos o que é esperado: ela vai superar os obstáculos do cargo e do equilíbrio entre vida profissional e familiar com aquela ginga que somente as mulheres têm ou podem ter. Ela vai ser durona na hora certa, sábia nas demais, e contar com a capacidade feminina de lidar com situações de estresse de uma maneira muito mais sensível e competente do que a utilizada pelos primatas usualmente no poder, aka, homens.
A série é esquemática e mais ou menos o que se espera, sem tirar nem por. Não é Homeland, The Good Wife ou Outlander, com narrativas mais impactantes sobre mulheres e suas formas de lidar com os extremos. Mas é uma história de mulheres dominando o mundo, o que, convenhamos, faz falta, e vem bem.
Vejam.