Quem frequenta o centro de Porto Alegre há menos de oito anos poderia ter a ideia equivocada de que tapumes, telas e andaimes sempre fizeram parte da fachada da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). Por todo esse tempo, o centro cultural permaneceu coberto por estruturas que impediam transeuntes e visitantes de apreciar a bela construção do início do século 20. Às de 18h de hoje, no entanto, uma solenidade com a presença do diretor da CCMQ, Manoel Henrique Paulo, e do secretário de Estado da Cultura, Luiz Antonio de Assis Brasil, vai marcar a "queda" de todo o material colocado à frente do prédio. Não que o fim dos tapumes signifique que a restauração da Casa esteja concluída.
Um segundo projeto, com o custo de R$ 3,8 milhões, já foi submetido à Lei Rouanet para reformas internas, como recondicionamento de instalações elétricas e aprimoramento da acessibilidade.
Acessibilidade é um dos focos da segunda fase das obras na Casa CCMQ
- Após a aprovação, as novas obras poderão ser iniciadas e concluídas ainda em 2015, deixando a CCMQ pronta para a comemoração de seus 25 anos, em setembro - afirma Eduardo Vital, presidente da Associação de Amigos da Casa.
As obras do aspecto externo e da cobertura do antigo Hotel Majestic, que conta com 12 mil metros quadrados e 300 aberturas, custaram R$ 4,2 milhões, custeados com patrocínio do Banrisul via Lei Rouanet. Apesar das faces do prédio em que Mario Quintana morou terem sido parcialmente cobertas desde 2006, a restauração durou apenas 18 meses.
_ O que bloqueava a visão antes do início do restauro eram estruturas de contenção, colocadas para evitar acidentes se houvesse queda de arabescos ou de outros elementos do prédio. Enquanto isso, a associação buscava recursos para a reforma _ explica Vital.
Por dentro do restauro:
As obras na Casa de Cultura Mario Quintana foram divididas em duas fases. A restauração da fachada é apenas a primeira _ a segunda, com finalização prevista para 2015, abrange a parte interna do prédio e destaca questões de acessibilidade. O custo total é de R$ 8 milhões, bancados pelo Banrisul via Lei Rouanet (a segunda fase da obra, avaliada em R$ 3,8 milhões, ainda depende de aprovação junto ao Ministério da Cultura).
