
Uma maneira de verificar o equilíbrio, marca mais evidente deste Gre-Nal, é se fazendo a pergunta clássica, posição por posição. Quem você queria no seu time? É uma boa alternativa, capaz de produzir um alicerce de opinião. Eu prefiro outra, que oferece mais liberdade - tática, inclusive. Nem melhor, nem pior, apenas outra medida: uma seleção Gre-Nal com os jogadores de que dispõem Abel Braga e Luiz Felipe Scolari, titulares ou não.
Do contrário, seria preciso escolher entre Barcos e Nilmar, já eles exercem igual função em Grêmio e Inter, cujo esquema mais adotado durante o ano é o 4-2-3-1. Eles são o 1, lá na frente, por ordem de seus treinadores. Minha seleção deste Gre-Nal começaria por estes dois juntos: Nilmar e Barcos. Quantas equipes teriam uma dupla de ataque assim? Adiante.
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Marcelo Grohe, um goleiro de Seleção Brasileira. Alisson tem a grife da base da CBF, mas nesta escolha não pode haver dúvida. Grohe, portanto, e todo time começa por goleiro frio e seguro. Na lateral direita, Cláudio Winck. Já fez até gol em Gre-Nal, enquanto Pará, se o fizer neste domingo, será notícia no Jornal Nacional. Termina por aí a contribuição do Inter na defesa.
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Os dois zagueiros são Rhodolfo e Pedro Geromel. Bressan no lugar de Rhodolfo, como se especulou durante a semana para este domingo no Grêmio, só pode ser despiste. Se bem que Felipão ameaçou com dois centroavantes na semana passada, antes da partida contra o Vitória. Deu errado, é claro, mas não era despiste. O lateral-esquerdo? Zé Roberto, o highlander da Arena. Não digo que, aos 40 anos, é o nome ideal, mas na comparação com os disponíveis no Inter, ele está alguns degraus acima. Escalados os cinco da defesa, vê-se quatro jogadores do Grêmio e só um do Inter. O que é normal.
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Não é por acaso que o time de Felipão é o menos vazado, escoltado por ser três mosqueteiros volantes. Na frente da área, pelo mesmo motivo, Fellipe Bastos. Podia ser Wallace, mas este ainda é verde. Willians, que erra passes e não bate na bola como Fellipe, é que não pode ser. A partir daí entram os eleitos de Abel. Aránguiz é uma imposição do bom senso. Defende, arma e faz gol. Um astro de Copa. Até o Eduardo Bueno o escalaria na seleção deste Gre-Nal.
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Chegamos aos meias. Como o Grêmio não os têm, e este é um problema a ser resolvido para 2015, só podem ser Alex e DAlessandro. Imagine estes dois descobrindo um espaço entre os zagueiros ou lançando Barcos e Nilmar? Se na ausência de armadores de carteira assinada Barcos empilha gols, não raro tendo de marcá-los a fórceps, imagine se os tivesse. Os gols do pirata nunca são imperdíveis, aqueles que até nossas avós fariam. Alguém dirá que ele e Nilmar ocupam o mesmo lugar no campo. Os bons se entendem. Os ruins é que dependem de uma série de circunstâncias. Barcos e Nilmar conversariam e, em meia dúzia de jogadas, acertariam o revezamento na área para marcar o gol.
Ficou assim a minha seleção deste domingo, antes do Gre-Nal: Grohe; Winck, Geromel, Rhodolfo e Zé Roberto; Fellipe Bastos, Aránguiz, Alex e DAlessandro; Nilmar e Barcos. Um belo time, admita. Talvez até melhor do que os incensados Cruzeiro e Atlético-MG. Metade Inter, metade do Grêmio, filosoficamente falando, já que 11 é impar. Prova de que, neste Gre-Nal, apontar favorito é forçar a barra.
Que vença o melhor.