
O goleiro Julio César rebateu nesta terça-feira, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), onde a Seleção Brasileira se prepara para a Copa do Mundo, as críticas de que não pode ser o goleiro titular por jogar na liga de futebol americana.
- Ouvi até que eu ia jogar contra o Pato Donald e o Mickey - desabafou o goleiro, camisa 1 do Toronto, do Canadá.
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Julio César admitiu que foi preciso muita base psicológica para suportar a desconfiança a partir de sua ida do Queens Park Rangers, da segunda divisão inglesa, rumo ao Toronto. Apesar do bom humor que é característica sua, revelou alguma mágoa no tratamento recebido a partir da confirmação de sua titularidade pelo técnico Luiz Felipe Scolari.
Ele pediu aos jornalistas que, antes de fazer a crítica ou mesmo brincar, como na comparação com os personagens da Disney, busquem mais informações sobre a Major League Soccer:
- A média de público, lá, já é maior do que a do Brasil. No meu primeiro jogo eram 45 mil pessoas no estádio. A organização é perfeita. Os jornalistas deveriam pesquisar um pouco mais antes de falar em liga inferior ou fantasma - completou Julio, que garante estar trabalhando com um preparador de goleiros de ponta, o escocês Stewart Kerr.
Em sete jogos no Toronto, o goleiro da Seleção levou nove gols. Apesar de o Toronto não estar na zona de classificação para os play offs, Julio César garante que está mais maduro, bem treinado e com ritmo.
Ele prometeu também, se tiver oportunidade, prestar uma homenagem ao goleiro Barbosa, que em 1950, igualmente numa Copa em casa, foi transformado em vilão ao tomar o gol de Ghiggia, do Uruguai, que resultou no Maracanazo.
- Se Barbosa foi convocado para uma Copa em casa, é por que era formidável. Sempre me perguntam isso. Se eu tiver oportunidade, vou homenageá-lo de alguma maneira, sim - afirmou o goleiro.