A esperança move a Austrália contra a Holanda, nesta quarta-feira. Até a previsão do tempo serve de alento ao técnico Ange Postecoglou, um grego de nascimento e aussie de coração. Na entrevista coletiva concedida no final da manhã, após o treino no Beira-Rio, ele valorizou o clima mais frio de Porto Alegre. Aposta que deixará a partida mais rápida - se é que é possível, no caso dos holandeses, ser ainda mais rápido quando se tem Robben, Van Persie e Sneijder no ataque. Uma derrota significa o fim da linha para os australianos na Copa.
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- O clima mais quente exige dos jogadores e deixa a partida mais aberta, como foi a nossa contra o Chile. Acredito que essa temperatura mais baixa tornará o jogo mais compacto e mais rápido. Ambas seleções gostam de atuar dessa forma - disse o técnico.
Confira um trecho do treino no Beira-Rio:
Postecoglou se agarra no que pode. Evita antecipar qualquer pista da equipe e de como vai fazer para segurar a seleção sensação da Copa e ainda atacar. Como o lateral-direito Franjic sofreu séria lesão e até já foi desligado da delegação, o técnico mantém em segredo quem entrará em seu lugar.
A tendência é de que o volante Milligan seja improvisado na posição e o meia Bresciano recue. Massimo Luongo, 21 anos, entraria no time.
Luongo resume bem o que é essa seleção australiana. Filho de pai italiano e mãe indonésia, nascido em Sydney, é exemplo da renovação implementada por Postecoglou.
A Copa de 2014 é espécie de laboratório para o Mundial da Rússia. O técnico assumiu em outubro com a missão de rejuvenescer e renovar o grupo. Tanto que deixou de fora o capitão Neill, o que retumbou como maremoto na Austrália.
Talvez pelo projeto a longo prazo e pelo contrato até depois da Copa da Rússia, o grego de coração australiano mostrava tranquilidade a um dia do jogo contra o Holanda. Até por que se estressar de nada adianta quando se tem pela frente um trio como Robben, Van Piersie e Sneijder, que recém amassou a campeã mundial com um sonoro 5 a 1.
