Veja, no gráfico, o valor gasto por itens das estruturas temporárias

Técnicos do Ministério Público estadual (MP) e da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage) iniciam na tarde desta terça-feira a análise dos gastos com as estruturas temporárias do Beira-Rio para a Copa do Mundo. Após ser cobrado pelo MP, o governo do Estado divulgou informações sobre a captação de recursos junto a empresas interessadas em bancar os equipamentos em troca de isenção de ICMS e espaços publicitários.
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A análise de planilhas com os custos será feita na sede da Fundação de Educação e Cultura do Sport Club Internacional (Feci), no Gigantinho. A Feci é a responsável pela contratação do consórcio de três empresas que executa a instalação das temporárias.
- Orientei os técnicos a examinar o que está sendo gasto e o que foi efetivamente custeado com a isenção fiscal. E verificar o preço de cada produto. Embora não haja licitação para uso desses recursos, como eles têm origem pública o princípio da economicidade tem de estar presente, tem de se pagar um preço razoável - aponta o promotor Nilson de Oliveira Rodrigues Filho.
A divulgação de dados referente a gastos com as complementares em tempo real e o acompanhamento de órgãos de fiscalização estão previstos na lei que permite a isenção fiscal para as empresas que investirem nas temporárias, regulamentada pelo governador Tarso Genro no início de abril.
- Também vamos verificar se (os equipamentos) estão sendo usados exatamente naquilo que é de obrigação do consórcio, e não no que diz respeito a parceiros da Fifa, como estandes de publicidade - complementa o promotor Rodrigues Filho.
MP cobra transparência e governo divulga dados
Após a manifestação do MP, alguns dados foram divulgados no portal do governo para a Copa. Uma tabela mostra que seis empresas já se comprometeram em patrocinar as temporárias. Juntas, promentem aplicar R$ 16,4 milhões. Os dados, segundo o site, foram fornecidos pela Fundação de Educação e Cultura do Sport Club Internacional (Feci).
A maior contribuição é da Net Serviços de Comunicação, que promete aplicar R$ 6,2 milhões. Em seguida, vêm Vonpar, Gerdau e Companhia Zaffari, cada uma delas com R$ 2,5 milhões. Logo atrás, está a Ipiranga Produtos de Petróleo, com R$ 2,2 milhões. Por fim, vem a Paquetá Calçados, com R$ 500 mil.
Não há dados sobre o total depositado até agora nem detalhes sobre o destino dos recursos. O site informa que a Feci segue em negociações com outras firmas a fim de chegar ao valor total. A previsão é de que o pagamento ao consórcio seja feito em parcelas.