
O presidente uruguaio José Mujica saiu em defesa do atacante Luis Suárez, suspenso pela Fifa por ter mordido o zagueiro italiano Chiellini, em seu programa de rádio nesta sexta-feira. Em um discurso carregado, ele classifica a penalidade imposta como um "ataque monstruoso" e uma "vergonha para a história dos Mundiais".
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- Nós tivemos que suportar, não uma lei ou uma penalidade, o que em parte poderia ser entendido, mas não é possível entender a truculência, a forma, os procedimentos aplicados. Uma monstruosa agressão, não somente a um homem, mas a um país. Se tornará a pior memória na história do futebol. Uma eterna vergonha na memória dos Mundiais - afirmou.
Mujica foi até o aeroporto de Carrasco para receber o jogador na noite de quinta-feira. Porém, um atraso no voo que levaria o jogador de volta ao Uruguai fez o presidente desistir. Às 5h30min desta sexta, o avião de Suárez aterrissou, e Mujica retornou para abraçá-lo e convidou-o para "seguir vivendo, aprendendo e lutando".
- Às 5h30min, estávamos com a família, recebendo-o em uma manhã fria, mas todos com o coração muito quente, unidos como sociedade. Na realidade, mais que ir por nós mesmos, tratamos de simbolizar o afeto do povo uruguaio, que, nestas condições, não julga, e sim dá carinho - reforçou.
Por fim, o presidente desejou sorte para os jogadores que enfrentam a Colômbia no sábado pelas oitavas de final do Mundial. Reforçou que "na vitória ou na derrota estamos ao lado deles".