
VERGONHA
Pensávamos que o Maracanazo teria sido o momento mais constrangedor na história do Brasil em Copas do Mundo. Estávamos enganados. Ontem, no Mineirão, fizemos o maior fiasco da nossa história. Em 1950, perdemos o título jogando em casa, mas, desta vez, fomos vitimados por uma goleada humilhante nas semifinais da Copa que, mais uma vez, organizamos. Levamos 7 a 1 sem direito à reclamação alguma. Perdemos para o futebol mais qualificado da Alemanha e para as nossas próprias precariedades.
É possível perdoar o treinador que manteve Fred entre os titulares durante a Copa inteira? Deve-se compreender o treinador que, perdendo Neymar e tendo que enfrentar a poderosa Alemanha, se socorre de um menininho frágil e levinho e não aproveita para robustecer a quebradiça meiacancha brasileira? Felipão começou a errar na convocação, continuou errando na preparação, se atrapalhou na escalação e sai da Copa tendo vivido a pior vergonha da história do futebol brasileiro. Quanta tristeza.
POBRE TORCEDOR
Em 1950, diante do gol uruguaio, o Maracanã lotado silenciou. Quando a catástrofe é grande demais, a reação vem na forma de um tenebroso silêncio. Ontem, este mesmo silêncio voltou a atormentar a torcida brasileira. Foi triste ver o Mineirão lotado de olhares perdidos no vazio. Pobre torcedor brasileiro. Não consegue ser feliz nem no futebol.
O FIM
Nesta terça- feira, despediu-se uma geração do futebol brasileiro. Uma geração de modestas condições técnicas. Para a próxima Copa, o trabalho deverá começar do zero. Nada resta desta Seleção. Seria possível explicar uma derrota, mas nunca uma goleada em plena Copa do Mundo. Se não fosse uma goleada, até seria possível um certo consolo. Afinal, o Brasil chegou à semifinal. Mas foi uma goleada imensa e este tipo de resultado não se esquece.
SECANDO
Gostaria, sinceramente, que a Argentina fosse finalista deste Mundial, afinal de contas são nossos vizinhos. Gostaria, mas não vou torcer por eles. Pelo contrário, minha simpatia está com a Holanda. Os torcedores argentinos abusaram do direito de debochar e até desrespeitar o futebol brasileiro. Se proclamarem "papazito del Brasil" é pedir para apanhar de gato morre até o bichano miar. E que história é essa de "Maradona és más grande que Pelé"? Bem, se depender da minha vontade, os nossos queridos hermanos jogam no sábado.
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