
A missão do Grêmio na noite desta quarta não é fácil: vencer o San Lorenzo é obrigatório para passar à próxima fase da Libertadores. Mesmo com o triunfo, o Grêmio pode não passar de fase, já que a vitória por 1 a 0 leva o confronto aos pênaltis, e qualquer outro triunfo por um gol de diferença classifica os argentinos. Vaga garantida só se o placar tiver diferença superior a um gol.
Confira os depoimentos:
Emerson, contra o Guaraní-PAR em 1997
"Estava no DNA essa coisa da superação. Com o Evaristo (de Macedo, técnico), em 97, acho que tive meu melhor rendimento no Grêmio. Ele passava muita confiança para nós. Na época eu ainda era jovem, ficava nervoso. Quando você é experiente, absorve melhor. A gente fazia a concentração no Olímpico e a atmosfera que a torcida criava já antes do jogo era muito bacana. O Grêmio nunca foi de se entregar, a torcida precisa confiar no potencial do time".
Rodrigo Gral, contra o Guaraní-PAR em 1997
"No Paraguai foi um jogo atípico, com muita briga, que a gente acabou perdendo por 2 a 1. Para a volta, nós entramos muito atentos. A gente já tinha um elenco campeão, com líderes como Goiano, Carlos Miguel, Mauro Galvão e Danrlei, que chamavam a responsabilidade. Eu era mais novo, então não precisava muito para motivar. Naquela época, a gente fazia a concentração no Olímpico, e ver aquela multidão chegando para um jogo com casa cheia dava mais motivação ainda. Existia aquela pressão para não tomar gols, mas o Evaristo (de Macedo, técnico), nos passou tranquilidade. O Grêmio sempre teve essa mística de crescer na dificuldade."
Tcheco, contra São Paulo e Defensor-URU em 2007
"Lembro que o São Paulo venceu no Morumbi por 1 a 0 e o Souza, que jogou com a gente depois em 2008, tinha perdido um gol cara a cara com o Saja. A primeira coisa que disse no vestiário é que aquele gol faria falta para eles. E falar estas coisas cria um clima para o jogo de volta e puxa o grupo. Contra o Defensor, perdemos por 2 a 0 em Montevidéu, e disse ao grupo que no jogo de volta a gente teria que vencer não só pelo torcedor que foi ao Olímpico, mas também pelos que viajaram ao Uruguai e viram a gente perder daquele jeito. Era um grupo que conseguia absorver a pressão e se superar. Nós tivemos muitas dificuldades e conseguimos passar por cima delas."
Alex Telles, contra a LDU em 2013
"Aquele foi meu primeiro jogo como titular no Grêmio. Não só eu, mas também o Bressan. Então o Vanderlei (Luxemburgo, técnico) fez aquela palestra motivacional e nos passou tranquilidade, o que foi muito importante para que a gente pudesse entrar com concentração e confiança. Era o primeiro jogo de uma competição internacional na Arena e a gente tinha que usar a pressão do estádio a nosso favor. A experiência do Zé Roberto e do Elano também passava tranquilidade para o grupo. Isso é muito importante, porque a torcida sempre quer que o gol saia logo. Será uma noite nervosa, de muita ansiedade. Mas o Grêmio tem condições de buscar essa virada."