Presidente do Grêmio no biênio 2009-2010, Duda Kroeff, 59 anos, não deseja concorrer ao cargo novamente. Elogiado por conselheiros e apontado como possível nome da situação, caso Fábio Koff não tente se reeleger, Duda se diz mais à vontade como torcedor que na presidência. E vê a política no clube mais fragilizada após o embate entre Koff e Odone na última eleição. Confira o bate-papo do ex-dirigente com ZH.

Caso Koff não concorra, aceitaria uma indicação?
Não quero. Não aceito de jeito nenhum, já dei minha colaboração ao Grêmio no mandato que eu tive.
Seu nome é elogiado, voltaria a ser presidente?
Eu não tenho cabeça de dirigente, gosto é de ser torcedor. O fato de ter pouca rejeição, me dar bem com todo mundo, é uma coisa que me deixa feliz. Tenho consciência disso, mas não tenho mais a vontade necessária para concorrer.
A divisão Koff x Odone foi prejudicial para o clube?
Sem dúvida que é ruim. Nos dias de hoje, democracia é uma coisa boa. Mas no caso do Grêmio, foi exacerbado demais. Muito ódio, foi algo que passou da conta. O clube unido é mais forte. E oposição é algo normal, só que foi demais.
Vê algum nome que possa ser lançado em consenso?
Hoje, não. É complicado achar alguém que possa unir situação e oposição.
Como conciliar vida pessoal e a presidência?
É bem difícil. Eu tenho na minha cabeça que, para ser presidente do Grêmio, você precisa se dedicar totalmente. E isso prejudica a vida particular. No meu caso, minha mulher e meus filhos ajudaram muito. Mas é muito complicado conciliar.
E teu cargo no conselho de administração da Arena?
Dos cinco membros do conselho, dois representam o Grêmio, e sou um deles. É algo que não ocupa muito do meu tempo, são duas reuniões no ano em que a gente geralmente referenda as decisões da OAS. A última foi em dezembro, agora estamos em compasso de espera, aguardando a assinatura do novo aditivo do contrato.