
A semifinal da Copa do Mundo entre Brasil e Alemanha divide um coração em especial. O meia Zé Roberto, do Grêmio, jogou 12 anos em clubes alemães e seus filhos nasceram lá, o que faz com que ele se sinta "feliz e triste ao mesmo" seja qual for o resultado da partida.
Em terras germânicas, Zé Roberto conquistou 10 taças nacionais em duas passagens (2003-2006 e 2007-2009) pelo Bayern de Munique. Antes, havia alcançado as decisões da Bundesliga e da Liga dos Campeões pelo Bayer Leverkusen, além de atuar com a camisa do Hamburgo na última passagem pela Europa.
Tal experiência deixa-o ressabiado quanto à forma como o Brasil irá enfrentar a Alemanha. Para Zé, a aplicação dos alemães, em especial na parte tática, é o principal atributo da seleção de Joachim Löw.
- A Alemanha tem um time muito forte, com impressionante obediência tática. É assim nos clubes e eles conseguem refletir na seleção. E quando há uma equipe sólida, a qualidade individual aparece e pode fazer a diferença na hora da decisão. Os jogadores alemães são rápidos, inteligentes e experientes - destaca.
Pela Seleção Brasileira, são mais de 100 convocações, quatro títulos (Copa América, em 1997 e 1999, e Copa das Confederações, em 1997 e 2005) e duas Copas disputadas (1998 e 2006). No Mundial da Alemanha, integrou a seleção do torneio eleita pela Fifa e por duas vezes foi escolhido o melhor jogador em campo. Pelo conhecimento das duas culturas futebolísticas, Zé Roberto aguarda um jogo "de encher os olhos" na terça-feira.
- Já o Brasil está jogando em casa, mostrando muita força e vibração durante as partidas. A perda do Neymar vai unir ainda mais o grupo, que fará de tudo para dedicar o hexa a ele. Por isso, espero um jogo fantástico, de encher os olhos. Meus filhos nasceram na Alemanha, vivi muitos anos lá, virou minha segunda casa. Então vou ficar feliz e triste ao mesmo tempo, independentemente do ganhador - garante.
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