
Quase três anos e meio de Europa fizeram de Giuliano um jogador mais completo e melhor. O principal reforço do Grêmio para o segundo semestre evoluiu no plano tático e físico. Quinta-feira, em sua estreia, correu com energia pelo esburacado campo do Maringá, criou a jogada que resultou no gol de Luan, fez assistências e foi o parceiro que faltou a Barcos nos primeiros jogos do Brasileirão.
Giuliano chegou ao ucraniano Dnipro no início de 2011, pouco depois de ter se sagrado campeão da Libertadores pelo Inter. Os primeiros treinamentos revelaram fragilidade física.
- Quando eu cheguei, os caras me batiam e eu caía - sorri, enquanto fala com jornalistas depois do treino desta sexta-feira, no Centro de Treinamentos do Londrina.
Ele buscou a solução por conta própria. Contratou o serviço profissional de um personal trainer espanhol, de quem era amigo, e fez reforço muscular por um ano e meio, pagando do próprio bolso. Ganhou cinco quilos de massa muscular e virou referência na equipe. Só saiu porque era mais forte o desejo de voltar ao Brasil.
O segundo ganho foi tático. Giuliano aprendeu que não se joga futebol somente com a bola nos pés.
- Taticamente, melhorei muito. Lá (na Europa), é como uma regra. Não é somente a técnica que te fará jogar. Se não correr, ajudar na marcação, terá dificuldade. Agreguei este espírito - conta.
Foi o que se constatou no amistoso contra o Maringá. Mais de uma vez, Giuliano foi visto em recuo, dando auxílio aos volantes. Bem condicionado, tinha fôlego para partir ao ataque com a bola dominada e ser o centro criador da equipe.
- O sistema defensivo precisa do ataque e vice-versa - resume.
A boa estreia foi testemunhada apenas pelos torcedores de Maringá, já que não houve transmissão por televisão. Contra o Goiás, dia 16, na Arena, terá noção do ganho obtido pela equipe com Giuliano.
*ZHESPORTES