
A união dos jogadores do Santos e Grêmio em um ato de repúdio contra o racismo para a partida de volta da Copa do Brasil, no dia 3 de setembro, na Vila Belmiro, é a proposta da direção do clube paulista, conforme divulgado no site oficial.
Para o presidente do Santos, Odílio Rodrigues Filho, nem o clube nem a torcida do Grêmio devem ser penalizados. Ele defende a identificação dos agressores e punição individual.
- Temos certeza que a diretoria do Grêmio Portoalegrense está tão indignada com atitudes como essa como a diretoria do Santos está. E temos certeza que fará tudo para apurar quem são os responsáveis e ajudar de todas as formas possíveis nas identificações para que as punições aconteçam - complementou o vice-presidente do Santos FC, Luiz Claudio de Aquino Barroso Pereira.
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No começo da tarde desta sexta-feira, o goleiro Aranha registrou uma ocorrência contra os torcedores que cometeram atos de racismo no jogo entre Grêmio e Santos na Arena nesta quinta-feira. O jogador compareceu à 4ª Delegacia de Polícia por volta das 13h30min, acompanhado de um segurança do Santos.
Em seu depoimento, Aranha disse que, perto dos 30 minutos do segundo tempo, ele começou a ouvir ofensas de alguns torcedores que estavam atrás do gol, e tentou chamar a atenção do árbitro, sem sucesso.
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Com a representação do goleiro, o Ministério Público poderá abrir o processo por injúria racial, quando alguém se utiliza do argumento da raça para ofender a honra de outra pessoa. Sem o registro da ocorrência, a única possibilidade seria a abertura do processo por racismo, que dispensa a representação. Para os dois crimes, a pena varia entre um e três anos de reclusão.
Veja o vídeo com o registro do ocorrido na Arena: