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Racismo na Arena

"O clamor social está fazendo uma condenação antecipada", diz advogado de suspeito

Fernando Ascal se reservou o direito de falar apenas em juízo

Bruna Vargas - de Tramandaí

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Reinquirido para depor no caso de injúria racial contra o goleiro Aranha, Fernando Moreira Ascal compareceu à 4ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre nesta terça-feira. O torcedor, que devia ter prestado esclarecimentos na segunda, mas não apareceu para depor, chegou à 4ªDP por volta das 9h, acompanhado de seu advogado, Silvio Eduardo Brutti.

Segundo a polícia, Ascal, que foi convocado novamente para esclarecer um "fato novo" surgido durante as investigações, reservou-se o direito de falar apenas em juízo. Na saída de seu depoimento, o advogado disse que a sociedade está julgando antecipadamente os supostos envolvidos nos atos racistas de Grêmio x Santos na Arena.

- O clamor social está fazendo uma condenação antecipada sobre um fato que meu cliente nega veementemente. O clamor público não pode estar acima da lei penal - disse Brutti.

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Ainda conforme o advogado, seu cliente apenas ratificou o que teria dito em seu primeiro depoimento. Antes de deixar a delegacia, o torcedor falou aos jornalistas:

- Nenhuma imagem mostra eu chamando ele (Aranha) de qualquer coisa, então não tenho nada a declarar - disse.

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Integrante da Geral do Grêmio, Ascal é um dos cinco suspeitos que devem ser indiciados por injúria racial contra o goleiro Aranha, do Santos. Em gravações, ele aparece supostamente imitando um macaco atrás do gol do santista.

Sob o argumento de não atrapalhar as investigações, a polícia não divulga o fato que levou à segunda convocação do torcedor.

* ZH Esportes

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