Felipão disse que eram só três pontos em disputa, levando-se em conta a matemática fria da tabela. Até construiu a frase polêmica, a de que Gre-Nal não vale 25 pontos. Obviamente, era um discurso externo. O que se viu foi o Grêmio jogando como se o clássico representasse exatamente isso: 25 pontos. Enfrentou o Inter que brigava, e olhe lá, por três pontos. Pela postura, parecia satisfeito com um só, o de um empate.
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Ao Inter faltou tudo o que sobrou no Grêmio: fôlego, vontade, aguerrimento. Alma. Organizado no meio-campo com três volantes - um deles Walace, que não sai do lugar como Willians - o Grêmio conseguiu algo que ainda não tinha mostrado em casa: propôs o jogo sempre, sem nunca abdicar de buscar o gol.
A vitória do Grêmio por 4 a 1 no Gre-Nal, que o coloca em terceiro lugar na hora decisiva do campeonato, veio com matizes avassaladores e irrefutáveis, sem nada a dizer da arbitragem. Foi uma vitória de 25 pontos.