
Chamou atenção uma roda de jogadores no começo do treino do Inter na manhã desta quinta-feira. Não por ela ter sido formada, mas por Abel Braga, o técnico, não estar presente. Apenas os jogadores falaram. Alex, Juan e D'Alessandro falaram. O assunto era, até então, desconhecido. Somente quando Rafael Moura concedeu entrevista coletiva que se tomou conhecimento do assunto: Bom Senso FC.
Segundo o jogador, o grupo estava reunido para fazer uma "caixinha" de doações para o movimento custear seus gastos nos próximos meses.
- Era uma questão do Bom Senso, contribuição mensal que temos que dar. E estamos precisando de dinheiro. Não é nada relacionado ao time, nada - contou.
Os gastos são todos divididos entre atletas da primeira e da segunda divisão do futebol nacional.
- Temos funcionários. Advogados, assessores e um diretor que fazem parte do corpo, Essas pessoas são remuneradas. Nada mais justo que os jogadores dividirem. Não adianta só quem está diretamente na causa bancar isso tudo. Tem sido feito um rateio, uma divisão para custear as viagens e encontros - explicou.
O Bom Senso FC planeja reunir-se com a presidente Dilma Rousseff neste ano para apresentar suas ideias. A data do encontro, todavia, ainda não foi marcada.
- Está sendo feito o projeto. Ontem foi cancelada a reunião. O advogado e a CBF pela terceira vez não compareceram - reclamou.
O Inter conta com dois dos principais líderes do movimento no país. Além de Rafael Moura, D'Alessandro, Juan e especialmente Dida, que costuma fazer a conexão entre jogadores de outros clubes, são os mais ativos do Bom Senso.