
Por volta das 9h30min, Alex chegou ao ginásio Luís Torres de Abreu, onde o corpo de Fernandão é velado, em Goiânia. Encontrou Fernanda, a viúva de Fernandão, e deu um abraço forte. Alex parecia protelar a aproximação ao caixão do amigo. Parecia não querer ver o capitão de 2006 morto.
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O técnico Abel Braga comunicou à direção colorada que não iria ao velório porque desejava manter na mente a figura de um Fernandão jovem e com a camisa do Inter.
Já Alex, presente no ginásio se aproximou de Fernandão. Ficou alguns minutos ao lado do corpo, enquanto cumprimentava os demais familiares do atacante.
- Fernandão sempre foi muito marcante. Era como um irmão mais velho para mim. É uma dor que fica. Sempre me aconselhei com ele. Essa comoção toda... ele é tudo isso e mais um pouco. Fernandão tinha ligação grande com Sobis. Eram muito próximos. Eu tive isso com ele também, cheguei muito verde, do Guarani (de Campinas). Quem era mais próximo do Fernandão ficou muito mal. Estava difícil até de falar ontem. É quase inaceitável. Era um cara generoso demais, por isso era querido por todos. Edinho (hoje no Grêmio) acabou encontrando Fernandão na França (o volante foi levado para lá por um empresário, com a promessa enganosa de jogar em um grande clube, mas acabou passando fome e Fernandão o acolheu), um anjo na vida dele. Imagino o que Edinho está passando agora - lamenta Alex.
Já Rafael Sobis desistiu de vir ao velório de Fernandão. Segundo amigos e dirigentes colorados, ele está muito abalado e acredita que não vai suportar ver o sepultamento do amigo. Sobis chegou a ver passagem para Goiânia.
Haverá uma missa às 14h, no próprio ginásio do Goiás, para Fernandão. O sepultamento está marcado para as 15h.
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Um mito na história do Inter
Fernandão nasceu em Goiânia e foi revelado pelo Goiás. Mas foi no Inter que ele viveu suas maiores glórias, conquistando a Libertadores da América e o Mundial em 2006, como capitão da equipe de Abel Braga.
Foram quase cinco anos de identificação com a torcida e gols emblemáticos, como o da estreia, em 10 de julho de 2004, no Gre-Nal do gol 1.000, de sua autoria. Neste ano, Fernandão foi um dos mestres de cerimônia da reabertura do Beira-Rio, no dia 5 de abril. Anos antes, ele e o então goleiro Clemer comandaram a festa do Mundial, cantando junto com um Beira-Rio lotado.
Sua última equipe foi o São Paulo, em 2011. Fernandão jogou ainda no Olympique de Marselha e Toulouse, na França, e o Al-Gharafa, no Catar. Ele também treinou o Inter em 2012, e agora se preparava para comentar a Copa do Mundo pelo SporTV.
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