*ZHESPORTES

É provável que Claudio Winck não chegue perto de bater o recorde de seu tio, Luís Carlos, o quarto jogador a vestir mais vezes a camisa do Inter: 453 vezes em 10 temporadas. Mas o último representante do clã de Portão já soma sete gols pelo clube contra 21 do tio, capitão do Inter em quase toda a década de 80. Winck, o sobrinho, voltou a ser titular contra o Bahia e com boa atuação. Deve seguir no time domingo, contra o Santos, na Vila Belmiro. E só ficará de fora do Gre-Nal se levar o terceiro cartão amarelo.
- Estou pendurado com dois amarelos, quero muito jogar o Gre-Nal da Arena, que vai ser "fera". Mas em momento algum vou me preservar no jogo. Se tiver que levar cartão, paciência - observou.
O clássico, por sinal, marcou a retomada de Winck no Inter. Ingressou no intervalo do Gre-Nal do Beira-Rio, teve atuação destacada, anulando Fernandinho, e marcou o gol do 2 a 0, carimbando a estreia de Felipão no Grêmio.
Uma lesão muscular, porém, freou sua ascensão. Mas nesta reta final convenceu Abel Braga outra vez de que tem lugar no time. É a oportunidade de confirmar o que italianos e alemães já viram e se interessaram no meio do ano, quando foi alvo de sondagens.
- Havia feito um gol no Corinthians (derrota de 2 a 1), mas o gol do Gre-Nal foi um salto na minha carreira. Ganhei mais espaço e confiança. Foi algo inesquecível marcar logo em meu primeiro clássico como profissional - contou o lateral.
Com 35 jogos pelo Inter, Winck tenta se livrar das lesões nos músculos posteriores das coxas (devido à poderosa explosão nas arrancadas). Superou os prejuízos pela falta de treinos motivadas pelas seguidas convocações para seleções de base. Além disso, recebe elogios no clube pelo crescimento em dois quesitos: marcação e resistência física.
- Não tive férias ao final do ano passado. Fiz pré-temporada com o time B, que iniciou o Gauchão, e me preparei muito para este ano. Caprichei como pude e tentei me aprimorar ao máximo - garante.
Preparação especial
A temporada marcou a consolidação da transição do lateral da base para o profissional. Até então, alternava jogos no time de cima e no time B. É comum jogadores recém promovidos sentirem maior desgaste e se mostrarem menos resistentes aos primeiros meses de treinos. Por isso, o preparador físico Cristiano Nunes deu especial atenção a Winck, com trabalhos específicos de fortalecimento muscular. Para evitar novas lesões, faz sessões de manutenção com os fisioterapeutas após os treinos. Neste ano, ele sofreu duas lesões que o tiraram de ação por algumas semanas.
Winck recebe de casa também, do pai, Sérgio, e do tio, Luís Carlos, as dicas sobre como melhorar o posicionamento e as críticas sobre as recentes atuações pelo Inter no Brasileirão.
- Eles têm me ajudado muito. Me elogiam e corrigem quando necessário. Tudo o que quero agora é me tornar titular do Inter neste ano e, em 2015, jogar minha primeira Libertadores. Sempre sonhei com a Libertadores - conta o herdeiro dos Winck.
Acompanhe o Inter no Brasileirão através do Colorado ZH. Baixe o aplicativo:
Não deixe de conferir a página do #ColoradoZH de cara nova: http://zh.com.br/inter
Foto: Arte ZH
