
Antes de encontrar a presidente, os 12 dirigentes - de Grêmio, Inter, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Flamengo, Botafogo, Atlético-MG, Bahia, Santa Cruz, Paysandu e Coritiba -, se reuniram sozinhos e fecharam posição em colocar em discussão somente a renegociação da dívidas dos clubes com a União.
Se cumprida a vontade dos clubes, eventuais contrapartidas exigidas pelo governo, como ferramentas de transparência na gestão do futebol, não entrariam na negociação do texto.
- A dívida que tratamos é de débitos das décadas de 70, 80. Os clubes já trilharam para seu o seu próprio bem por caminhos de mais responsabilidade fiscal. Mas negociamos esse passivo - declarou Giovanni Luigi, presidente do Inter, antes do encontro.
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Romildo Bolzan, vice do Grêmio e representante do clube no encontro, faz coro:
- Hoje os clubes já passam por auditorias externas e divulgam balancetes regularmente. O que queremos é o apoio no pagamento da dívida em 300 parcelas, conforme o texto que está no Congresso.
Estão em jogo R$ 4 bilhões de dívida com o governo federal entre débitos com o INSS, Imposto de Renda, FGTS, Timemania e Banco Central. Segundo o projeto do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) o pagamento seria feito ao longo de 25 anos pela taxa de juros de longo prazo (TJLP), menor do que a Selic.
Ainda existe a possibilidade de os clubes, se desejarem, pagarem somente 50% das primeiras 36 parcelas, passando as restantes para o final do financiamento.
Os clubes, por sua vez, se adequariam a um chamado "fair play financeiro", como a apresentação de certidões negativas de débito para a disputa de campeonatos e a não antecipação de receitas além do mandato da diretoria vigente.
ZH Esportes