
Antes mesmo de fechar três jogos, menos de 270 minutos de futebol, Dunga voltou aos seus piores momentos. Durante o Superclássico das Américas, sábado, em Pequim, ele se estranhou com integrantes do banco de reserva da Argentina.
No meio da forte discussão na beira do gramado do Estádio Ninho do Pássaro, imagens da televisão chinesa flagraram o treinador gaúcho, meio descontrolado, esfregando a mão direita no nariz e gritando várias vezes: "Tu é igualzinho, né?"
A imagem correu o mundo. A associação com Maradona, que foi viciado em cocaína, foi imediata.
Dunga recebeu críticas em todos lugares e ajudou a piorar ainda mais a imagem do Brasil. Treinador brasileiro não tem bom cartaz no Exterior mesmo, não consegue treinar times na Europa. Seus nomes não são sequer especulados. O gesto de Dunga não faz parte da cartilha de boas maneiras de um treinador que representa a Seleção Brasileira. Não faz mesmo.
Na entrevista desta segunda-feira, em Cingapura, cidade que acolhe o amistoso entre Brasil e Japão, nesta terça-feira, Dunga não de desculpou do gesto absurdo. Seria fácil. Bastava um gesto. Mas ele ofereceu a seguinte explicação, depois de criar um clima pesado na coletiva e ainda questionar um jornalista, que só fez uma pergunta.
- Como tinha muita poluição, tinha o nariz sempre trancado. Quem está falando que usou droga ou não é você
Dunga ainda não aprendeu que o mundo não está contra ele.