Uma enfermeira que cuidou do primeiro caso de ebola na França foi levada para o hospital Begin, em Saint-Mande, nesta quinta-feira, com suspeita e contaminação. A institução recebeu a paciente no começo desta tarde com um quadro de febre alta e persistente.
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A enfermeira fez parte da equipe do mesmo hospital que tratou o primeiro caso da doença no país: uma outra enfermeira que contraiu o vírus na Líbéria, onde trabalhou para a organização Médicos sem Fronteiras, e foi levada à França no mês passado.
Marisol Touraine, ministra da Saúde, recusou-se a comentar o caso - que pode ser um alarme falso, como os diversos feitos na semana passada.
- Eu fui muito clara ao dizer que, se houvesse um caso de ebola em território francês, eu informaria à população imediatamente - disse à rádio RTL.
Touraine acrescentou que não queria aumentar a ansiedade em torno da nova epidemia da doença, que começou na África Ocidental no começo do ano e já matou mais de 4,5 mil pessoas, em sua maioria habitantes de Libéria, Guiné e Serra Leoa.
Casos de ebola são registrados em diferente países
Nos Estados Unidos, dois funcionários de um hospital no Texas foram diagnosticados com a doença depois de cuidarem do paciente liberiano Thomas Eric Duncan, que morreu em Dallas no dia 8 de outubro em função da doença.
Uma enfermeira espanhola também foi infectada pelo vírus depois de ter tratado um missionário idoso que contraiu o ebola em Serra Leoa e morreu no dia 25 de setembro.
Nesta quinta, a ministra liberiana dos transportes, Angela Cassell-Bush, se colocou voluntariamente em quarentena, depois de seu motorista particula morrer por causa da ebola.
A doença é transmitida por contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada que tenha apresentado febre, diarreia e vômito. Vários países estão intensificando seus protocolos de saúde para conter o avanço da doença.
*AFP