
O vírus ebola matou 3.439 pessoas no oeste da África, de um total de 7.478 casos registrados em cinco países (Serra Leoa, Guiné, Libéria, Nigéria e Senegal), segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado nesta sexta-feira em Genebra.
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Além dos casos africanos, há outro diagnosticado nos Estados Unidos, onde um homem de nacionalidade liberiana adoeceu quatro dias após chegar ao país, vindo da Libéria.
A epidemia, a mais grave desde que o vírus foi identificado, em 1976, teve início na Guiné, no fim de dezembro de 2013. Desde então, foram registrados 2.069 mortos entre 3.834 casos na Libéria, o país mais afetado.
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Na Guiné, foram contabilizados 739 mortos de um total de 1.199 casos e, em Serra Leoa, 623 mortos em 2.437 casos.
Trabalhadores de saúde têm sido particularmente afetados, com 216 mortos entre 377 infectados.
Na Nigéria, oito pessoas morreram, entre 20 casos. Já em Senegal um caso foi detectado, de um estudante guineano, cuja cura foi anunciada pelas autoridades em 10 de setembro. Esse caso foi incluído no balanço dos cinco países afetados.
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Um surto diferente no Congo
Uma epidemia de Ebola foi detectada em uma região isolada do noroeste da República Democrática do Congo (RDC), diferente daquela que afeta o oeste da África. Ela matou 42 pessoas entre 70 infectadas, desde que apareceu em 11 agosto, de acordo com boletim datado de 28 de setembro.
A doença tem taxa de letalidade de cerca de 70%, segundo estudo da OMS. A infecção ocorre por contato direto com fluidos corporais, sangue, líquidos biológicos e secreções. O período de incubação varia entre 2 e 21 dias. A doença se torna contagiosa a partir do momento em que os sintomas se manifestam no paciente, e não durante o período de incubação.
Segundo a OMS, é possível afirmar que não há mais risco de transmissão do Ebola em um país "42 dias depois do último caso registrado".
EUA enviarão até 4 mil soldados para Libéria
O Pentágono deve enviar até quatro mil soldados para a Libéria, onde participarão da luta contra a epidemia de Ebola, mil a mais do que o previsto no plano anunciado inicialmente pelo presidente Barack Obama, informou a instituição.
Em setembro, Obama anunciou que três mil soldados americanos seriam enviados para a África Ocidental para participar da construção de novos centros de tratamento, oferecer ajuda logística e garantir a formação de equipes de saúde. Agora, o Pentágono disse que seus funcionários consideram o aumento da contribuição, se for necessário.
- Estimamos que possa haver cerca de quatro mil tropas estacionadas em apoio a essa missão, mas, obviamente, estamos avaliando as necessidades no dia a dia. O número pode não ser tão elevado - afirmou o porta-voz do Pentágono, John Kirby, em conversa com os jornalistas.
Cerca de 200 soldados americanos já chegaram à Libéria, país mais afetado pela epidemia de febre hemorrágica na África Ocidental, e trabalham na instalação de um centro de comando americano para toda a região.
Kirby acrescentou que 1,8 mil soldados devem ser enviados para a África nas próximas semanas. O grupo inclui engenheiros, médicos e especialistas em aviação e se somará aos 1,4 mil já enviados para a Monróvia, capital da Libéria.
* AFP