
A partir do dia 25 de outubro, a conta de luz dos clientes da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) poderia aumentar em 34,99%. No entanto, a empresa quer adiar o reajuste para fevereiro do ano que vem. Se o pedido for atendido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) - que recusou em primeira instância - a porcentagem pode mudar.
De acordo com o presidente da CEEE, Gerson Carrion de Oliveira, a companhia foi forçada, por contrato, a encaminhar no fim do mês passado (um mês antes da data-base) a planilha de custos, que resultou nos quase 35% de aumento.
- Nós fizemos o pedido para adiar o reajuste para o ano que vem antes da data limite, mas como a Aneel negou, tivemos que mandar a planilha, se não corríamos o risco de sermos punidos - explica Oliveira, acrescentando que a CEEE já recorreu da decisão e aguarda nova posição da Agência.
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O presidente ressalta que o reajuste (que pode ser até mesmo negativo) não depende da companhia, mas que é resultado dos custos e resultados da empresa.
- Por nós, teríamos mantido os 35% no anonimato e continuaríamos a negociação para prorrogar a data-base, mas a Aneel divulgou os dados. Já acionamos a Justiça para adiar o reajuste para fevereiro - afirma.
Caso o adiamento seja aceito, a CEEE terá de encaminhar nova planilha de custos em janeiro, sobre a qual será calculado um novo percentual de alteração na conta de luz dos gaúchos atendidos pela companhia.
Entre as justificativas apontadas por Oliveira para solicitar a prorrogação está o aumento de consumo de energia elétrica previsto para os próximos meses e um provável impacto negativo na economia do RS.
- Estamos diante de um verão que promete ser severo. Aumentar agora o valor da tarifa poderia implicar em impacto muito grande para os gaúchos e para a cadeia produtiva, prejudicando toda a sociedade. Além disso, teremos um leilão no fim do ano que pode modificar o cenário - esclarece o presidente.