
De acordo com o relatório concluído pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), não há mais pendências para instalação do ILS2, o sistema antineblina que auxilia na visibilidade de pousos e decolagens e melhora a situação do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, nos dias com neblina.
Conforme a assessoria de imprensa da Secretaria de Aviação Civil (SAC), a Anac ainda não repassou o relatório, o que deve acontecer durante a tarde desta terça-feira. A SAC, agora, aguarda envio de documentos de processo de certificação técnica do aparelho pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), responsável pelas operações do aeroporto.
De acordo com a assessoria da Infraero, o aeroporto de Porto Alegre conta com a categoria I do ISL e está em processo de implantação da categoria II. A instalação do equipamento foi concluída e aprovada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo do Comando da Aeronáutica (Decea). No momento, a Infraero está providenciando os documentos necessários para que a Anac possa concluir o processo de homologação nos próximos dias. Ainda não há previsão de quando o equipamento entrará em funcionamento.
Tempo parado
Ao todo, o Salgado Filho fechou 15.454 minutos, o equivalente a 259 horas ou dez dias, nos últimos 12 anos (veja nos gráficos abaixo) em maio.
Atualmente, o Salgado Filho dispõe do Sistema de Pouso por Instrumentos Categoria 1 (ILS 1, na sigla em inglês). O plano é atender a uma reivindicação de 16 anos implantando o ILS 2, que amplia as condições de pouso e decolagem com baixa visibilidade.
Entenda o que fazem os aparelhos ILS
O ILS 1, equipamento existente no Salgado Filho, é o mais limitado dos três. Exige maior visibilidade vertical e horizontal.
O ILS 2 permite operações em condições menos favoráveis. Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro têm esse tipo.
O ILS 3 permite operações sem visibilidade. No aeroporto de Heathrow (Londres), por exemplo, o piloto consegue pousar praticamente às cegas.