O Hospital São Vicente de Paulo, de Osório, não tem alvará de prevenção a incêndio há pelo menos 10 anos, conforme o Corpo de Bombeiros. Durante entrevista coletiva concedida na prefeitura da cidade na tarde deste sábado, também foi confirmado que 77 pacientes foram removidos para hospitais de cinco cidades, além do posto de saúde de Osório, após a explosão seguida de incêndio na instituição.
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A secretária estadual de Saúde, Sandra Fagundes, garantiu que prefeitura e governo do Estado estão mobilizados para prestar atendimento a todos os pacientes e familiares e garantir a locomoção de pessoas que eventualmente precisem de atendimento no hospital, que está interditado. Será mantido um posto de plantão 24 horas na cidade. Todas as pessoas que estavam no prédio no momento em que houve a explosão de um transformador e o surgimento de focos de incêndio no hospital estão sendo monitoradas em função do risco de intoxicação por fumaça.
O comandante do Corpo de Bombeiros na cidade, capitão Cláudio Morais, disse que, há pelo menos 10 anos, o hospital nunca conseguiu se adequar 100% às exigências necessárias para ter plena liberação dos bombeiros para funcionar, ou seja, para a emissão do alvará. O motivo seria a permanente execução de obras no local.
O presidente do hospital, Francisco Moro, disse que está tentando aprovar o Plano de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI) há dois anos e dois meses:
- Depois da hecatombe que ocorreu em Santa Maria (em referência à tragédia da boate Kiss) e da nova lei para conseguir o PPCI, tem de acender uma vela para cada santo, mas estamos em fase final de aprovação do projeto.
Por volta das 15h deste sábado, teve início o trabalho de perícia no hospital.
O incêndio começou por volta das 10h, provocado pelo de um estouro de um transformador de rua. Com a explosão, a energia elétrica da região caiu, e o gerador da instituição foi acionado - mas acabou sobrecarregado e causou focos de chamas na instituição.
O incêndio começou logo após a visita de Tarso Genro ao local, que cumpria agenda do programa de Interiorização. O governador estava com sua comitiva no estacionamento do hospital no momento da explosão e, segundo a assessoria de imprensa do Piratini, Tarso deixou o local com a intenção de não prejudicar o trabalho de remoção dos pacientes.
*Zero Hora