No dia em que a pré-candidatura ao Senado do ex-governador Olívio Dutra (PT) foi confirmada, o perfil do Gabinete Digital no Twitter resolveu fazer uma brincadeira envolvendo a disputa.
Para surpresa dos seguidores do órgão vinculado ao gabinete do governador Tarso Genro (PT), a mensagem publicada na noite desta quarta-feira dizia que "teve gente que levou um 'cagaço' com o anúncio da candidatura do companheiro Olívio".
Ao clicar no link, os seguidores eram direcionados para um vídeo que fazia uma paródia da cena onde o então apresentador de TV Lasier Martins - que irá disputar a vaga de senador pelo PDT - leva um choque na Festa da Uva, em Caxias do Sul. Só que a imagem da face de Olívio Dutra aparecia como responsável pelo choque.
Algumas pessoas começaram a criticar a publicação, argumentando que um perfil institucional do governo do Estado estaria sendo utilizado para fazer campanha eleitoral. O administrador da conta alegou "erro no login", pediu desculpas aos seguidores e removeu o tweet. Minutos depois, o vídeo no YouTube também foi deletado.
Esta não é a primeira vez que o Gabinete Digital se envolve em polêmica. No dia 1° de abril, a equipe publicou uma nota no Facebook dizendo que a estátua do ex-governador Leonel Brizola tinha sumido. O post era ilustrado com uma fotomontagem do pedestal, sem a estátua, mas tudo não passava de uma pegadinha.
Em novembro, a imagem de Tarso também apareceu saltando entre as obras listadas na galeria do site do Gabinete Digital. Inicialmente, o Piratini confirmou que a brincadeira era uma ação do próprio governo, mas depois desmentiu a informação, alegando que o site havia sido invadido por hackers.
"Em nenhum momento objetivo foi fazer campanha", diz Gabinete Digital
De acordo com a gestora de Redes Sociais do Gabinete Digital, Cristina Rodrigues, a mensagem foi publicada "sem querer". O problema ocorreu, segundo ela, porque muitos dos integrantes da equipe vinculam a conta do perfil institucional em seus tablets e smartphones pessoais.
- Aconteceu de clicar no perfil errado. A gente sabe que tem que ter cuidado, mas em nenhum momento o objetivo foi fazer campanha - explicou.
Cristina nega que os servidores do órgão atuem em ações com viés eleitoral no horário de expediente. Ela ressaltou que o erro ocorreu durante a noite de ontem e que, fora do horário de trabalho, os funcionários "têm liberdade para defender o projeto político que acharem melhor para o Estado". A gestora disse ainda que não está definido se o autor receberá algum tipo de punição.
- Não trabalhamos questões eleitorais ou partidárias durante o trabalho. É questão de ter atenção na hora de usar as redes sociais para que isso não se repita.

Twitter/Reprodução

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