Chapa 4: Katiana Pinto dos Santos
Professora de Ciências da rede estadual desde 1997, participa do coletivo Luta Marxista, dissidência de esquerda do Movimento Revolucionário Socialista, que, por sua vez, é uma dissidência de esquerda do PSTU. Também milita na corrente do Cpers Construção pela Base. Não tem filiação partidária. Propõe a desvinculação do Cpers da CUT e a descentralização das decisões, dando maior poder à base. Além disso, sugere que integrantes que atuam em órgãos do governo deixem o sindicato e que o dinheiro repassado a centrais sindicais seja revertido para um fundo de greve e a formação política da categoria.
Com 78,4% das urnas apuradas, as eleições do Cpers, maior sindicato do Estado, deverão se decididas no primeiro turno. A expectativa é que resultado do pleito - que irá definir o comando da entidade representativa dos professores da rede estadual até 2017 - seja divulgado nesta sexta-feira. Conforme o presidente da comissão eleitoral, Marcos Sozo, a apuração atrasou em função do jogo de estreia do Brasil na Copa do Mundo.
A disputa está acirrada. A chapa 2, liderada pela professora Helenir Oliveira, está na frente, com 39,2% dos votos. Já a chapa 1, da atual presidente Rejane de Oliveira, que concorre ao terceiro mandato, aparece logo atrás com 35,6%. Até as 20h30, as chapas 3 e a 4 apareciam com 20,8% e 4,3%, respectivamente.
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As eleições do Cpers-Sindicato ocorreram entre terça e quarta-feira, sendo que quase 82 mil professores estavam aptos a votar. Além da direção estadual, também serão eleitos os integrantes dos 42 núcleos regionais espalhados pelo Estado. O estatuto da entidade prevê a realização de um segundo turno caso nenhuma das chapas atinja 35% dos votos
Quem são
Chapa 1: Rejane de Oliveira
Professora de alfabetização, entrou na rede estadual em 1982. Atual presidente do Cpers, integra a corrente A CUT Pode Mais, uma ala rebelde da central. Ocupa também a vice-presidência da CUT-RS. Filiada ao PT, tem apoio das centrais CSP-Conlutas e Intersindical, que contam com militantes do PSTU e PSOL, além da corrente partidária Movimento Esquerda Socialista, da ex-deputada Luciana Genro (PSOL). Também é apoiada pelo Sindicalismo Socialista Brasileiro. Afirma que a mobilização dos professores e o espírito combativo impediram a perda de direitos da categoria. Promete intensificar a luta pelo pagamento do piso.

Chapa 2: Helenir Oliveira
Professora de Português, atua no Estado desde 1987. Participa do grupo Articulação Sindical, corrente do Cpers e da CUT. Filiada ao PT, é apoiada por diversas tendências internas petistas com inserção sindical, como Democracia Socialista, Articulação pela Esquerda, PT Amplo, Unidade na Luta, Socialismo 21 e O Trabalho. Também conta com suporte da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e de setores do PDT e do PTB. Discorda de fazer greves sem que haja adesão maciça dos professores e propõe a discussão do uso de royalties do petróleo para garantir o pagamento do piso nacional.

Chapa 3: Neida de Oliveira
Professora de Português, ingressou na rede estadual em 1987. Atua no grupo Construção Socialista, que atua como corrente de militância sindical. Não tem filiação partidária. Conta com apoio do grupo do professor Clóvis Oliveira, referência no Cpers, e de correntes como a Unidade Classista, vinculada ao PCB, Bloco de Resistência Socialista, Unidos para Lutar e quadros do PSOL. Entre as propostas estão a desfiliação do Cpers da CUT e o fim do presidencialismo, instituindo uma direção colegiada. Também prega a retomada das grandes mobilizações e o tempo máximo de duas gestões para dirigentes sindicais.


* Zero Hora