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Voo MH371 estaria no piloto automático quando caiu

Os pilotos ficaram sem oxigênio por uma despressurização da cabine, segundo autoridades australianas

O avião da Malaysia Airlines que desapareceu em 8 de março com 239 pessoas a bordo, provavelmente voava no piloto automático quando caiu no Oceano Índico após a perda de consciência dos pilotos por uma despressurização da cabine, indicaram nesta quinta-feira as autoridades australianas. Os investigadores tentam determinar as últimas horas do Boeing 777 depois de sua decolagem de Kuala Lumpur com destino a Pequim até o seu desaparecimento, no sul do Oceano Índico.

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Para o vice-primeiro-ministro australiano Warren Truss, cujo país coordena as buscas, "é muito provável que a aeronave estivesse no piloto automático" no momento em que caiu na água.

- Por isso teve a trajetória muito regular identificada graças aos dados dos satélites - completou Truss.

O chefe do serviço australiano de segurança aérea (ATSB) concorda com o vice-primeiro-ministro:

- Analisando sua trajetória pelo Oceano Índico, estimamos que a aeronave estava em piloto automático até o momento que ficou sem combustível - ressalta Martin Dolan.

O voo MH370 mudou bruscamente de rota uma hora depois de sua decolagem e interrompeu as comunicações com os controladores aéreos. Apesar dos grandes meios mobilizados, até hoje não foi encontrado nenhum destroço da aeronave.

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De acordo com os sinais de satélite, o avião teria voado em direção ao sul do Oceano Índico, antes de cair por falta de combustível. Várias hipóteses foram levantadas, como o ato proposital do piloto ou copiloto ou uma falha mecânica.

Um relatório do ATSB publicado nesta quinta-feira declara uma despressurização da cabine dos pilotos que provocou a perda do controle da aeronave.

Pilotos sem oxigênio 

A nota declara as suspeitas do motivo da série de acidentes que ocorreram: 

- Corresponde tipicamente a hipóxia (diminuição das taxas de oxigênio no sangue) de uma tripulação incapaz de reagir. Parece o que melhor se encaixa com os elementos que dispomos sobre os últimos momentos do voo MH370 seguindo a rota para o sul - indica o relatório.

Na semana passa as autoridades australianas indicaram que as buscas se concentrariam ao sul da zona até então vasculhada. Uma nova análise dos dados coletados por satélites permitiu delimitar uma superfície de 60.000 km², sempre no sul do Oceano Índico, onde as operações com submarinos iniciarão em outubro e poderão durar até um ano. Esta zona corresponde ao último arco traçado a partir do último sinal da aeronave recebido por um satélite. Os aviões de observação sobrevoaram a região após o desaparecimento, mas nada foi detectado.

Mesmo assim, o vice-primeiro-ministro australiano se disse otimista. Segundo ele, este local é "a melhor estimativa do lugar em que o avião pode estar".

- As buscas vão ser minuciosas. É claro, poderemos ter sorte e encontrar o avião logo nas primeiras horas, ou no primeiro dia; Mas isso também poderá levar 12 meses".

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 Antes da retomada do uso de sondas submarinas, os investigadores enviaram dois navios: o Fugro Equator e o Zhu Kezhen, para mapear o fundo da região, que vai até 5 km sob o nível do mar, uma operação fundamental para a próxima etapa.

As buscas se concentraram por muito tempo em uma zona ao longo de Perth, onde sinais acústicos compatíveis com aqueles emitidos pelas caixas-pretas de aviões foram detectados. Os investigadores agora excluem que tais sinais eram das caixas-pretas, pois nada foi encontrado.

A Austrália lançou um concurso para confiar a organização das futuras buscas a uma empresa privada especializada.

*AFP

RICHARD WAINWRIGHT / POOL
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