O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu deixou o Centro de Progressão Penitenciária na manhã desta quinta-feira para trabalhar no escritório do advogado José Geral Grossi, em Brasília. Condenado por participação no mensalão, Dirceu cumpre desde novembro uma pena de sete anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.
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O ex-ministro trabalhará das 9h às 18h, em atividades diversas, mas não poderá advogar. O salário será de R$ 2,1 mil por mês. No horário de almoço, poderá se deslocar até 100 metros para fazer as refeições. Para chegar ao trabalho, poderá usar o transporte público ou particular.
Regras
Grossi esteve na Vara de Execuções Penais para se informar sobre regras do trabalho externo. O preso deve realizar apenas atividades internas e fica sob fiscalização direta do empregador - que deve informar ao juiz faltas e afastamentos e, todo mês, encaminhar o CPP (comprovante de frequência).
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o trabalho externo de Dirceu derrubou a decisão do presidente da Corte, Joaquim Barbosa, que havia negado o pedido sob o argumento de que o ex-ministro não cumpriu um sexto da pena. Após anunciar sua aposentadoria, em maio, Barbosa deixou a relatoria do mensalão. Nesta semana, o presidente do Supremo realizou sua última sessão.
Nesta quarta-feira, Dirceu foi transferido do complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, para o Centro de Progressão Penitenciária - estabelecimento que abriga presos autorizados pela Justiça de trabalhar fora da cadeia.
Também foram tranferidos o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, que vai trabalhar na CUT, e o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR), que dará expediente num restaurante - eles também foram autorizados pelo STF.
