
O governo de Gana chamou de falso, nesta sexta-feira, o argumento usado por cerca de 200 ganeses que vieram assistir à Copa do Mundo no Brasil e pediram asilo, alegando serem vítimas de violência religiosa.
Os africanos declararam às autoridades brasileiras que temiam por sua segurança em Gana devido a confrontos entre grupos muçulmanos rivais no país.
- A base do pedido de asilo é totalmente falsa - declarou à rádio privada ganesa Citi FM o ministro adjunto da Informação, Felix Kwakye Ofosu. - Sabemos que não há conflito religioso afetando o país neste momento.
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O grupo está na cidade gaúcha de Caxias do Sul. Gana é considerado há 20 anos um dos países mais estáveis do oeste da África e nenhum caso de violência religiosa grave foi registrado recentemente.
De acordo com Ofosu,diplomatas ganeses estão trabalhando no Brasil com as autoridades brasileiras para investigar o caso, mas ele disse que seria "surpreendente e infeliz" considerar este pedido de asilo como válido.
Muitos daqueles que estão pedindo asilo ao Brasil tinham viajado acompanhando a delegação oficial ganesa, indicou o Ministério dos Esportes do país. Esse pedido de asilo é o último dos escândalos envolvendo a participação desastrosa da seleção de Gana na Copa.
Em outro episódio envolvendo o país africano no Mundial de 2014, os 'Black Stars' (Estrelas Negras, como é chamada a seleção nacional) exigiram o envio de US$ 3 milhões de premiação em dinheiro, em um avião especialmente fretado, causando uma grande polêmica em um país que enfrenta problemas econômicos.
A equipe estava no grupo G, junto com Alemanha, Estados Unidos e Portugal, e foi eliminada logo na primeira fase.