O Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, em Porto Alegre, vai fechar as portas da emergência pediátrica para atendimento externo e reduzir o serviços da UTI pediátrica a partir de sexta-feira - quase um mês antes do final do inverno.
De acordo com a nota da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o motivo é o fim da Operação Inverno, que todos os anos exige contratação de equipes em regime emergencial para atender o aumento da demanda causada pelo frio.
Conforme um documento obtido por ZH, desde o dia 16 de agosto, 38 leitos de internação pediátrica e seis de UTI estão sendo gradualmente reduzidos até a extinção - prevista para o dia 29. Após a data, a emergência pediátrica contará com quatro leitos para UTI e 15 de internação.
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O Secretário Municipal da Saúde, Carlos Henrique Casartelli, confirmou a informação. Sobre a diminuição do serviço antes do final oficial da estação (21 de setembro), ele argumentou que a operação é montada com base em dados epidemiológicos que indicam uma diminuição da procura depois do final de agosto:
- Os números de atendimento foram de cerca de 60 por dia, em média, no período da operação. Depois, o número cai para 40, o que acaba sendo absorvido por outras unidades de saúde.
No caso do fechamento da emergência para atendimento externo, o secretário conta que é a primeira vez em quase 10 anos que ela é fechada, embora vá continuar recebendo crianças vítimas de abuso sexual e encaminhadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Outros pacientes devem ir para unidades de pronto-atendimento em outras regiões da cidade ou procurar as emergências pediátricas do Hospital de Clínicas ou Santo Antônio.
A emergência do Presidente Vargas, contudo, pode voltar abrir se houver a autorização de nomeação de novos servidores pelo comitê gestor da prefeitura.
- O pedido já foi feito e deve chegar ao comitê na sexta-feira. A autorização pode vir na semana seguinte - diz Casartelli.
As demais áreas do hospital, segundo a SMS, continuarão operando normalmente, incluindo todos os setores ligados à obstetrícia. Não haverá nenhuma mudança nos partos e na rotina de atendimentos a gestantes. Também não haverá alteração no serviço de saúde mental.