
Durante a tarde desta segunda-feira, os envolvidos e testemunhas de uma confusão que ocorreu no sábado, entre os índios caingangues e os soldados da Brigada Militar (BM), começaram a ser ouvidos pelos agentes da Delegacia da Polícia Civil de Iraí, cidade turística e agrícola de 8 mil moradores na barranca do Rio Uruguai.
- Vamos ouvir as testemunhas e depois identificaremos os envolvidos - explicou o delegado Fernando Garbelini, titular da DP de Iraí.
O trabalho do delegado não será fácil, pois a confusão envolveu muitas pessoas. Começou quando o carro com uma família de caingangues foi parado em uma blitz de trânsito da BM - o veículo foi apreendido por estar com o imposto atrasado. Então, os indígenas se revoltaram e entraram em confronto físico com os brigadianos, o que resultou em dois índios baleados. Após medicados, eles passam bem.
Minutos depois do episódio, um grupo de caingangues saiu da aldeia e foi até um posto da BM, onde estavam outros dois policiais militares que foram desarmados pelos indígenas e levados como reféns para a aldeia. Os índios também levaram do posto armas, munição, carro-patrulha e outros equipamentos da BM. Depois de quatro horas de negociação, os índios liberaram os policiais militares e devolveram os equipamentos da BM.
Após esclarecer o que aconteceu, o delegado deverá decidir em quais crimes os participantes da confusão serão enquadrados.