
Uma seringa, veneno e roupas similares às que aparecem nas imagens da câmera de segurança dos Correios de Erechim (RS) foram encontradas em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, na casa do suspeito de enviar bombons supostamente envenenados para a ex-namorada, preso nesta sexta-feira. Um homem comeu o chocolate e morreu.
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- São elementos que reforçam a acusação - afirma o delegado da Divisão de Investigações Criminais (DIC) da Polícia Civil de Chapecó, Gustavo Oliveira Altemar.
A Polícia trabalha com a hipótese de o mecânico ter injetado o veneno nos bombons com a seringa. Uma cápsula de seringa também foi encontrada na casa do mecânico, que fica na Rua Rio de Janeiro, no Bairro São Pedro, em Chapecó.
O veneno será periciado com os bombons restantes para saber se é o mesmo produto. A suspeita é que veneno seja estricnina, normalmente utilizado para eliminar ratos. Todo o material foi encaminhado para a delegacia de Erechim, no Rio Grande do Sul, onde vai correr o inquérito.
Também foram encontramos uma jaqueta com capuz, calça preta de mecânico e bota preta.
- As roupas batem 100% com as imagens - revelou o delegado.
A DIC de Chapecó foi acionada no início da manhã desta sexta-feira, pela Polícia Civil de Erechim, que identificou como suspeito de ter postados os bombons Rinaldo Magarinos Vernus, 34 anos, morador de Chapecó. Na postagem o suspeito colocou o endereço do pai, que mora em Passo Fundo.
A encomenda estava direcionada para a ex-namorada do mecânico, Cátia Passarini, que mora em Viadutos, no norte do Estado. O imão dela, Fabrício Gregori Passarini, 19 anos, foi buscar a encomenda e provou dois bombons, oferecendo um para o colega eletricista Álvaro Antônio Duarte, de 42 anos, e outro para um cliente. Álvaro morreu e os outros dois foram hospitalizados.
Os policiais de Chapecó foram até a oficina onde o suspeito trabalha, na Rua Nereu Ramos, bairro Universitário. Ele foi abordado pelos policiais por volta das 13h30min desta sexta-feira e não ofereceu resistência.
- Ele disse que não sabia de nada - revelou o delegado Gustavo Oliveira Altemar.
No trabalho, Vernus tinha uma boa reputação, mas os colegas notaram que ele andava estranho ultimamente.
- Os colegas relataram que ele tinha sintomas de depressão - afirmou Altemar.
O relacionamento com Cátia tinha sido rompido em 2009. De acordo com a polícia ele morava com outra namorada, em Chapecó.
No final da tarde, ele foi levado para a delegacia da Polícia Civil de Erechim, onde será ouvido.