
No final da tarde desta sexta-feira, a Carris ingressou na 15ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre com notícia crime contra o servidor Alceu Weber, um dos líderes da greve dos rodoviários do início do ano. Ele está afastado do trabalho por supostamente ter apresentado atestados médicos falsos para justificar faltas.
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A informação é confirmada por Vidal Abreu, presidente em exercício da Carris.
- Fizemos uma notícia crime. Comunicamos os fatos, identificamos o autor e apresentamos os três atestados médicos falsos. Como é um ato criminoso que causou prejuízo à empresa, me resta comunicar os fatos à polícia. O que se requer é uma investigação - afirmou Abreu.
No dia 5 de setembro, a direção da Carris anunciou a demissão de Weber por justa causa. Depois, recuou da decisão porque a Central Única dos Trabalhadores (CUT), entidade à qual Weber é ligado, argumentou que ele tinha estabilidade na função por ser suplente de delegado sindical.
- Entendemos que ele não tem estabilidade porque é suplente. Mas, para não deixar nenhuma dúvida, recuamos um pouco e resolvemos suspender o contrato de trabalho dele. Abrimos um inquérito administrativo que será enviado na segunda-feira ou terça-feira à Justiça do Trabalho, que irá decidir se é caso de demissão por justa causa ou não - explicou Abreu.
Weber, que lançou chapa na eleição ao Sindicato dos Rodoviários, afirmou que "não há suspensão do trabalho por tempo indeterminado". Por isso, ele informou que retomará as funções no dia 5 de outubro, quando a sua suspensão completará 30 dias, tempo máximo de curso do inquérito administrativo.
- Estou tranquilo e vou responder ao inquérito - disse Weber.
A direção da Carris entende que a suspensão do rodoviário permanecerá em vigor até a Justiça do Trabalho julgar o caso, podendo ultrapassar o prazo de 30 dias.