
O restauro de dois quilômetros da antiga pista da ERS-118, entre Sapucaia do Sul e Gravataí, deve ser concluído em até 45 dias. Pelo menos outros cinco quilômetro de pista nova da estrada devem ser liberados até o final de setembro. As promessas são do gerente da obra pela Secretaria-geral de Governo, José Thadeu Almeida.
Como investir e qualificar as principais vias do Rio Grande do Sul?
Em oito anos, apenas dois dos 22 kms da ERS-118 foram duplicados
Leia todas as notícias de Zero Hora
As obras de recuperação, no trecho entre os quilômetros 6,5 e 8,5 se iniciaram há 15 dias. A extensão é paralela a única parte da estrada que já teve pista nova liberada para a circulação de veículos. Segundo Almeida, cerca de 70% de toda a extensão da nova pista da estrada, do quilômetro 3,5 ao 22, está concluída, mas a liberação para o tráfego ainda não ocorreu porque os trechos não são contínuos:
- Não vale a pena abrir um espaço muito curto de pista nova para criar logo em seguida um afunilamento para a pista antiga - afirma.
A lentidão no programa de duplicação da ERS-118, aprovado em 1996, e as péssimas condições de infraestrutura da pista atual, com buracos, rachaduras e acostamento precário, foram retratadas em reportagem de Zero Hora na série Vida Real, que debate os dilemas a serem enfrentados pelo governador eleito para comandar o Estado a partir de 2015.
Na linha do tempo, confira os passos dos governos para duplicar a rodovia:
De acordo com o gerente, a fase inicial de análise do que poderia ser reaproveitado da pista antiga já foi concluída. Agora, a Sultepa, empresa responsável pela execução do projeto, está concluindo o processo de drenagem.
Na sequência, ocorrerá a remoção de algumas placas de concreto que não poderão ser aproveitadas como base, a limpeza geral da pista, a pintura de ligação (que cria a aderência entre o asfalto antigo e o concreto novo), a regularização do asfalto e a instalação de duas camadas de capa asfáltica de 5cm. Todos esses estágios devem estar concluídos em até um mês e meio. A colocação das placas de concreto definitivas, sobre as quais irão circular os veículos, só deve ocorrer quando houver um trecho maior restaurado.
- Isso atende a uma questão de custo benefício e de disponibilidade da empresa que irá realizar o serviço. Existem poucas máquinas no Brasil capazes de realizar essa instalação em trechos grandes, mas custa menos do que colocar uma a uma em espaços menores -explica Almeida.
A liberação de mais cinco quilômetros de estrada nova devem ocorrer em trechos entre o viaduto Itacolomi, em Gravataí, e a ERS-020, e, do outro lado do trevo, até o viaduto com a Avenida Marechal Rondon.
No mapa, veja como estão as obras de duplicação da rodovia:
No site do Gabinete Digital, a conclusão total da duplicação da ERS-118 tem previsão para 31 de dezembro, com custo total de R$ 202 milhões. Conforme Almeida, contudo, a expectativa até o final do ano é de que seja finalizado o restauro de até 12 quilômetros da pista antiga e a liberação de toda a pista nova, com exceção das interrupções por obras de arte que deverão ser concluídas e outras que ainda dependem de licitação.
Entre as que ainda terão etapas por concluir estão duas pernas dos viadutos Itacolomi e da Avenida Marechal Rondon, além das alças de acesso à Avenida Frederico Augusto Ritter. Entre as que serão licitadas estão 14 passarelas ao longo da estrada, pontes sobre o Arroio Sapucaia, a transposição de dutos da Transpetro e uma elevação no viaduto da ERS-020.
Na localidade do Morro do Coco, em Gravataí, um impasse judicial com 14 famílias que ainda não aceitaram acordo para deixar a área impede a conclusão de um trecho de 600 metros.