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Saúde

Liberação de emagrecedores aumenta possibilidade de tratamento, dizem médicos

Senado aprovou na terça-feira projeto que suspende resolução da Anvisa sobre a proibição da venda de alguns medicamentos

A liberação de emagrecedores ampliará a lista de remédios disponíveis nas farmácias e facilitará a identificação do mais adequado para o paciente: foi assim que definiu a endocrinologista Rosana Radominski, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, sobre a aprovação ocorrida nesta terça-feira no Senado, de um projeto que libera medicamentos antes proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela explicou que a agência tirou do mercado remédios consolidados, que eram uma opção para obesos que não se davam bem com outros tratamentos.

- Vamos ter mais opções de tratamento para os pacientes, o que é muito bom, principalmente para aqueles de baixo poder aquisitivo. Há pacientes que não se dão bem com os medicamentos tomados como primeira opção e que ficam sem ter um tratamento adequado - explicou a especialista, acrescentando que os anfetamínicos custam, em média, entre R$ 20 e R$ 25.

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Desde 2011, quando a Anvisa proibiu a venda dos anfetamínicos anfepramona, femproporex e mazindol e restringiu a prescrição da sibutramina, as entidades médicas vinham tentando reverter a decisão. Nesta terça-feira foi aprovado pelo Senado o projeto de decreto legislativo que suspende a resolução da Anvisa. Falta apenas a promulgação do decreto para que os médicos possam voltar a receitar os remédios.

Ao proibir a venda dos anfetamínicos, usados por mais de 30 anos no Brasil, e restringir os remédios à base de sibutramina, a Anvisa argumentou que foi constatada uma baixa eficácia dos medicamentos na perda de peso e riscos à segurança do paciente.

Para o conselheiro do Conselho Federal de Medicina, José Hiran Gallo, o risco está no uso do medicamento sem prescrição médica.

- A Anvisa tem que fiscalizar quando os medicamentos são vendidos na farmácia indiscriminadamente. Mas quando aquele medicamento é prescrito pelo médico, ele vai trazer benefício para o paciente, e a gente não pode tirar essa oportunidade.

Procurada pela reportagem, a Anvisa não se manifestou sobre a decisão do Senado.

* Agência Brasil

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