
Após deixar a prisão em Bolonha na terça-feira, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do Mensalão e foragido na Itália, disse que a cadeia em Modena foi melhor do que os oito anos passados no Brasil esperando o julgamento do mensalão "sem poder sair de casa", sendo "agredido" e "torturado nas ruas". Ele voltou a classificar o julgamento como um processo injusto.
Justiça italiana nega extradição de Henrique Pizzolato
Ao ser preso, Pizzolato tinha 15 mil euros e passaporte falso
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Pizzolato afirmou que deixou o Brasil "para salvar sua vida", e que qualquer outra pessoa faria o mesmo. Afirmou, ainda, que tem a consciência "limpíssima":
- Nunca perdi uma noite de sono por causa da minha consciência - garantiu.
O ex-diretor também criticou o processo do mensalão, que determinou a sua prisão.
- Foi um processo injusto, mentiroso. Esconderam as provas e é lamentável que isso aconteça em pleno século 20. A Polícia Federal, o Instituto Nacional de Criminalística foi claríssimo e disse que eu não tinha nada a ver com aquilo - afirmou.
A Justiça italiana negou a extradição de Henrique Pizzolato e decidiu que ele podia ser libertado. O Ministério Público Federal do Brasil promete recorrer, mas ele responderá em liberdade ao processo na Itália.
