
Os trabalhadores do Banrisul na Capital e na Região Metropolitana rejeitaram novamente a proposta da diretoria do banco e optaram por permanecer em greve por tempo indeterminado. A votação foi feita em assembleia no Clube do Comércio por volta das 16h30min desta segunda-feira, quando a paralisação completa duas semanas. De acordo com a assessoria de imprensa do banco, 13 das 38 bases sindicais do Estado aprovaram a proposta.
A maioria dos funcionários consideraram que houve pouco avanço em relação à última oferta, rejeitada na semana passada. A proposta atual o banco, feita após reunião mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT) na sexta-feira, oferece um reajuste salarial de 8,5%, de 9% para os pisos da categoria, de 12,2% para o vale-refeição, e de 8,5% para a 13ª cesta-alimentação (benefício pago junto ao 13º salário).
O banco ainda oferece índice de 1,8% do lucro líquido para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), e um cronograma para elaboração do plano de carreira, que havia sido retirado da proposta anterior para o Acordo Coletivo de Trabalho.
Além de rejeitar a proposta, os grevistas aprovaram um calendário de mobilização. Haverá assembleia diárias nesta semana, plenária em frente ao prédio da Direção Geral (DG) na quarta-feira e passeata na sexta-feira dia 24.
Os funcionários do banco estadual são os únicos ainda paralisados no Rio Grande do Sul. Conforme balanço divulgado pela Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do RS nesta segunda-feira, 297 agências do banco estavam fechadas no Estado. Os trabalhadores do Banco do Brasil aceitaram proposta anterior e reabriram as agências na quarta-feira passada. Os funcionários da Caixa Econômica Federal e dos bancos privados da Capital já haviam decidido pelo fim da paralisação no início da semana passada.
*Zero Hora