
A greve dos trabalhadores do Banrisul, que chega ao seu décimo dia, pode se encaminhar para o final nesta quinta-feira. Às 11h, os grevistas irão participar de nova rodada de negociação, a sexta desde o início das tratativas, com o banco para tentar chegar a um acordo e encerrar a paralisação, iniciada no dia 30 de setembro.
Em assembleia na tarde desta quarta-feira, os trabalhadores definiram um calendário de mobilização. Nesta quinta-feira, farão um café da manhã em frente à direção do banco, no Centro de Porto Alegre. Para sexta-feira, caso as negociações não avancem, está marcada uma passeata com concentração no mesmo local, a partir das 12h.
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Os funcionários do banco estadual são os únicos ainda paralisados no RS. No Banco do Brasil, os trabalhadores aceitaram a última proposta e reabriram as agências nesta quarta-feira. Os funcionários da Caixa Econômica Federal e dos bancos privados da Capital já haviam decidido pelo fim da paralisação no início da semana.
A última proposta apresentada pelo banco estadual foi rejeitada em assembleia na terça-feira, apesar da orientação do Comando dos Banrisulenses pela aceitação. Após o resultado, a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) enviou um ofício à direção do Banrisul, pedindo a retomada do diálogo. Em resposta, a instituição marcou a nova reunião para a manhã desta quinta-feira.
Entre as principais demandas dos trabalhadores do Banrisul, estão um reajuste de 12,5% e o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com índice de 2,5%. Outro obstáculo para o fim da greve é a falta de consenso quanto à implantação do novo plano carreira.
A última oferta apresentada pelo Banrisul previa reajuste salarial de 8,5% (aumento real de 2,02%) e para os demais benefícios mensais, 9% para os pisos e 12,5% para o vale-refeição _ seguindo a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Para as reinvindicações específicas, o banco estadual ofereceu a implantação do plano de carreira a partir de dezembro e o pagamento de PLR com índice de 1%.
Conforme balanço da Fetrafi-RS, apenas duas das 38 bases sindicais no Estado aceitaram o acordo.
* Zero Hora