
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, concedeu uma entrevista coletiva neste sábado na qual garantiu apoio do governo às investigações da Operação Lava-Jato e criticou um suposto uso eleitoral do trabalho policial.
- Eu repilo veementemente a tentativa de se politizar essa investigação, de tentar carimbar forças políticas "a", "b", "c" ou "d" para que se possa ter um prolongamento dos palanques eleitorais - declarou Cardozo.
Perguntado se fazia referência específica ao candidato derrotado à presidência Aécio Neves (PSDB), que vem se manifestando publicamente sobre o escândalo envolvendo a Petrobras, o ministro preferiu não citar nomes.
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- A investigação não é terceiro turno eleitoral. As pessoas não podem levar para o foro político possíveis crimes que foram cometidos. Se eleitoralizarmos a investigação, a colocamos em cheque - completou Cardozo.
O ministro afirmou ainda que conversou com a presidente Dilma Rousseff sobre a operação, e que ela teria dado apoio à investigação policial. Cardozo sustentou que o governo federal não está acuado pelo escândalo:
- O governo não aceitará intimidações ou acusações indevidas (...). Não há crise nenhuma. Não tentamos esconder a sujeira para baixo do tapete.
*Zero Hora