Paulo Sant'ana: o fumódromo

Nos penúltimos dias, apareceram vários falsários em blogs e redes sociais que assinam como se fossem eu, escrevendo absurdos com a finalidade de me comprometer.
Já pedi às autoridades que apurem quem são os interessados em me prejudicar. Só tenho um blog (zerohora.com/paulosantana), os outros são todos falcatruas, que serão punidas.

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Sendo justo Deus, Deus não haveria de ter sido o autor dessa designação tua para atrapalhar a minha vida. Em tudo tens sido instrumento de meus sofrimentos. A vida não me sorri, exatamente por causa da tua presença. Sendo justo Deus, deveria ter-me poupado da tua injusta, incômoda, cruel presença.

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Não há violência maior que se possa cometer contra uma mulher do que obrigá-la a prostituir-se com o primeiro bandido do arrabalde em troca dos miseráveis tostões da sobrevivência.

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Gosto de empadas, acostumei-me a comer essa iguaria desde jovem nos botecos da vida. Eram sempre empadas de galinha, horríveis se as for comparar com as empadas que são vendidas numa casa especializada da Rua José do Patrocínio, deliciosíssimas. Há empadas de camarão, de bacalhau, de todos os sabores. Levam-se para casa e, antes de comê-las, colocam-se as empadas no forno e elas saem de lá como uma delícia. Uma boa empada com café com leite pela manhã ou à tarde é um bálsamo para enfrentar a vida. Dou a dica dessa casa de empadas da José do Patrocínio, são sensacionais.

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Fumo só no fumódromo da RBS. De tal forma fui pressionado a só fumar lá, que restei vencido. Não é a mesma coisa fumar no fumódromo. Fumar é bom quando se fuma em qualquer lugar em que se esteja. Vejam o caso da patinação, não tem graça nenhuma patinar num rinque, delicioso é patinar na rua, nas calçadas, nos parques. Mas eu já estou tão acostumado com a restrição dos meus direitos, que fumo no fumódromo e sinto até um certo gosto, principalmente quando tem alguém de bom papo a conversar comigo. Com o tempo, a gente vai se acostumando aos espaços exíguos do que resta da existência.

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