Ao investigar suspeitas envolvendo a atuação de um promotor de Justiça, o Ministério Público (MP) deparou com um caso inusitado: a suposta compra de um lugar na fila de promoção por antiguidade envolvendo dois membros da instituição.
A apuração indicou que o promotor Marcelo José da Costa Petry teria pago R$ 35 mil ao colega Sérgio Antônio Bins para que desistisse da classificação para uma vaga em Erechim, em 2012.
Por decisão do procurador-geral de Justiça, Eduardo de Lima Veiga, Petry, que estava atuando em Erechim, foi suspenso por 90 dias. O afastamento das funções foi publicado no Diário Eletrônico do MP na última quarta-feira
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Conforme o documento, o motivo da suspensão é o enquadramento de Petry em atos de improbidade administrativa que importariam em enriquecimento ilícito, causariam prejuízo ao erário e atentariam contra os princípios da administração pública. O MP confirma o afastamento, mas não revela detalhes da investigação.
Zero Hora apurou que Petry foi denunciado por corrupção ativa e Bins, que está aposentado, por corrupção passiva. O fato teria sido comprovado por meio de quebra de sigilo bancário e de e-mails.
Em julho, foram cumpridos mandados de busca e apreensão no apartamento e no gabinete do promotor, em Erechim.