
Na primeira manifestação pública, em 16 de dezembro, Wantuir Jacini, secretário da Segurança Pública que assume o cargo neste 1º de janeiro, destacou que pretender acabar com ingresso e uso de celulares nas cadeias do Rio Grande do Sul. Na terça-feira, apesar de evitar falar sobre a divulgação de um vídeo no qual presos aparecerem cheirando cocaína dentro do Presídio Central, Jacini revelou um plano para o fortalecimento do setor de inteligência da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).
O serviço terá uma nova configuração com a participação de agentes penitenciários, de um delegado da Polícia Civil, de um coronel da Brigada Militar e, ainda, de um representante do Ministério Público, que será convidado. Os nomes estão em estudo.
A missão do grupo será a de investigar crimes a partir de dentro das cadeias, que são o ponto de partida de ordens para sequestros, tráfico de drogas e assassinatos do crime organizado.
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A proposta é a de que as autoridades tragam para o grupo informações reunidas com cada corporação, que serão agregadas a dados coletados sobre facções criminosas. Uma das ideias é intensificar as revistas e, à medida que celulares e chips forem apreendidos nas penitenciárias, solicitar a quebra do sigilo para conhecer suas ramificações.
Até a última terça-feira, Jacini não tinha anunciado o nome do superintendente da Susepe. Depois de especulações de que seria alguém de fora do quadro da superintendência, há sinais de que o preferido pertence à corporação.
Sobre a presença da Brigada Militar administrando o Presídio Central e a Penitenciária Estadual do Jacuí - fato que Jacini desconhecia -, o futuro secretário disse que discutirá o caso com o Piratini, pois depende de contratação de mais agentes para retirar os quase mil PMs das duas cadeias.