Comunicam-me aqui em Zero Hora que a partir de hoje não será mais permitido fumar no fumódromo da RBS. Se no fumódromo não é mais permitido fumar, onde haveria de sê-lo?
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A lei que proíbe fumar em todos os lugares fechados, públicos e privados, é uma norma federal e passa a vigorar hoje em todo o país.
Com essa medida radical, as autoridades varrem de todo o território nacional, com exceção dos domicílios e dos passeios públicos, o cigarro, que não tem mais vez em todos os locais imagináveis.
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Interessante é que essas todopoderosas autoridades não têm poder - ou será que o têm e não querem usá-lo? - para proteger de um todo a saúde pública, proibindo a fabricação de cigarros e charutos. Não entendo por que não fazem isso.
Continua a fabricação adoidada de cigarros em todo o Brasil e em todo o mundo. Não seria mais fácil para banir de vez o cigarro do mundo se proibissem sua fabricação? Mas aí o furo é mais embaixo, há interesses, inclusive governamentais e políticos, em arrecadar impostos com o cigarro. Não entendo como um governo pode ter a cara de pau de arrecadar impostos com um produto que atenta contra a saúde pública e individual. Não entendo, por favor, me façam entender.
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Aqui em Zero Hora e no prédio da RBS da Avenida Ipiranga, foi erigido um fumódromo que levou o meu nome, com placa, fotografia minha e todas as cerimônias. Pois ele está sendo posto abaixo hoje, está sendo extinto. Não sei onde todos os fumantes vão fumar agora por aqui.Acho que lhes resta a rua, embora tenha sido hoje também proibido pela RBS que se fume junto às portarias. Só sendo muito sem-vergonha como eu sou para continuar fumando depois de todas essas coercitivas medidas. Sem-vergonha.Éo que deverei ser a partir de hoje.
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Sem-saúde e sem-vergonha, este é meu destino. Mas os cigarros continuam a ser vendidos nos supermercados, nos armazéns, nos bares, em toda parte em que se lucra com eles. Não é a venda de cigarros nos estabelecimentos também uma sem-vergonhice das autoridades? Suponho que sejamos todos sem-vergonha.
Opinião
Paulo Sant'Ana: fim para o cigarro
O colunista escreve às segundas, quartas, sextas, sábados e domingos em ZH
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