
As incertezas provocadas pelo ritmo da economia chinesa e o fantasma de uma saída da Grécia da Eurozona causaram uma queda expressiva nas bolsas asiáticas nesta quarta-feira. O movimento já é visto como possível estouro de uma "bolha" na China, país que mantém forte expansão no mercado de ações desde 2007.
Investidores colocaram na terça-feira milhares de ações de empresas chinesas à venda. O excesso de oferta fez o valor dos papeis despencarem. Depois de cair 8% durante o dia (madrugada de terça para quarta feira no Brasil), a Bolsa de Xangai, na China, fechou em baixa de 5,9%, em um clima de pânico, apesar das medidas das autoridades chinesas para conter a situação. Para tentar evitar uma fuga ainda maior de capitais, o governo foi obrigado a suspender as operações.
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Na Bolsa de Hong Kong, a queda foi de 5,84%. Durante a sessão, a baixa chegou a 8,43%. Em Tóquio, o índice Nikkei perdeu 3,14% .
Para trazer tranquilidade aos investidores e evitar que o valor das ações continue caindo, o Ministério de Finanças da China anunciou que, diante das incomuns oscilações recentes nos mercados acionários, ampliará o apoio para instituições financeiras estatais para que elas melhorem seu desempenho operacional. O ministério não deu mais detalhes de como pretende agir.
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Também nesta quarta-feira, o órgão regulador de ativos estatais da China pediu a estatais sob seu controle que não vendam ações de subsidiárias listadas e as encorajou a aumentar suas participações.