Opinião

Artigo

Mateus Colombo Mendes: viva à censura!

A ideia de que "é proibido proibir" e de que não se deve censurar nada é uma arma pérfida

* Editor, redator e empresário

Sou favorável à censura e contrário à liberdade de expressão irrestrita. Impressionado? Não deveria, pois você também é assim. Todos nós, seres humanos, somos contrários à liberdade de expressão irrestrita. E assim é desde os tempos mais primordiais. Caso contrário, não teríamos chegado até aqui, pois sucumbiríamos a todo tipo de violência e de excesso. Se tudo é permitido, mandam os mais fortes, histriônicos, covardes e desavergonhados.

O caso da exposição Queermuseu é emblemático. Muitos foram os que se revoltaram com o escárnio contra símbolos sagrados do cristianismo e com a promoção desavergonhada da pedofilia; com muita justiça, manifestaram seu descontentamento à organizadora do evento. Porém, conforme os defensores de coisas como a apologia à pedofilia se levantaram em defesa da exposição, alguns dos que são contrários a essa militância travestida de arte se viram com dificuldades de sustentar sua posição, pois não querem ser vistos como defensores da censura. Ora, qual é o problema? Quando passamos a preferir posar de bons moços em vez de combater o mal manifesto?

Alguém terá dificuldades de censurar um discípulo de Adolf Hitler, ou um de Joseph Stálin, que venha a público defender o genocídio de milhões de inocentes em nome de uma ideologia? E se um intolerante pintar um quadro que represente um grupo de gays sendo espancado, haverá insensato que não deseje censurar esta "arte"? E quanto ao covarde que postula o direito de bater em mulheres, não é nosso dever cercear sua liberdade de expressão?

A ideia de que "é proibido proibir" e de que não se deve censurar nada é uma arma pérfida, engendrada por mentalidades que desejam subverter a realidade e aproveitar-se do caos instaurado. O reino da loucura em que vivemos (em que alunos espancam professores, estupradores vivem impunes e a sanidade é vilipendiada em pretensas manifestações artísticas) tem como base esse discurso de que a liberdade de expressão deve sempre prevalecer. Aceitar esse postulado é aceitar as regras de quem se quer ver livre, sem censuras, para agir de forma sórdida, para erguer bandeiras hediondas.

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