
Uma pesquisa realizada pela USP, em Piracicaba (SP), indica que as pimentas podem atuar como aliadas no combate à progressão do Alzheimer. Segundo o estudo, os alimentos antioxidantes reduzem a incidência da doença ao impedir ou neutralizar os efeitos danosos dos radicais livres.
A cientista Fúvia de Oliveira Biazotto explica que as pimentas têm, em sua composição, fitoquímicos com possível ação inibidora da acetilcolinesterase - o que degrada um neurotransmissor envolvido na retenção de memória e aprendizagem.
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- Além de terem custo elevado e apresentarem efeitos colaterais, os inibidores de acetilcolinesterase existentes não previnem ou curam a doença. Apenas tratam a perda cognitiva sem atrasar ou modificar a progressão da enfermidade. Em alguns casos, os medicamentos só funcionam por limitado período de tempo e, para alguns pacientes, não oferecem alívio nenhum - afirma a pesquisadora.
Segundo ela, os alimentos têm adquirido espaço por conterem em sua composição fitoquímicos valiosos à saúde e ao bem-estar.
Tipos de pimentas
A pimenta rosa contém os maiores teores de antioxidante e a melhor atividade anticolinesterásica em relação a todas as pimentas investigadas, segundo a pesquisadora. Entre as pimentas do reino, a pimenta verde apresentou, em geral, os maiores teores de antioxidantes. Quanto à atividade anticolinesterásica, porém, a pimenta preta foi a que mostrou os melhores resultados.