O Rebu estreou aclamado por público e, principalmente, crítica. Elogiou-se a trama ágil, envolta de mistério, com grande elenco, fotografia e trilha requintados e direção apurada. Porém, chega ao fim nem tão bem.
Ao longo dos 36 capítulos, a história foi se diluindo, com muitos personagens para serem desenvolvidos. O crítico de TV Nilson Xavier escreveu há duas semanas que a "cronologia que vai-e-vem-e-volta não é para os negligentes, para os que deixam a TV ligada e vão fazer outra coisa ou os que assistem dia sim, dia não".
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Esta falta de unidade temporal pode ser um dos problemas à compreensão. As cenas de festa, que garantiam bons momentos, foram escasseando na medida em que a investigação avançava, também prejudicando o apelo popular.
O público foi perdendo interesse. Tanto que, em audiência, não cumpriu as expectativas. Manteve, em média, 16 pontos, um a mais do que Saramandaia, trama das 23h anterior (exibida em 2013), e abaixo de Gabriela (2012) e O Astro (2011), que alcançaram 19 pontos no mesmo horário. Os índices foram instáveis devido às mudanças de horário que a novela apresenta - chegava a 21 pontos nas segundas, quando vai ao ar logo após Império, e apenas a 13 nas sextas, quando entra após Globo Repórter.
No entanto, no balanço final, a ousadia foi bem-vinda e deve ser repetida outras vezes.
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