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Hoje prefeito, José Fortunati era vice em 2009, quando Porto Alegre foi escolhida como sede da Copa. Neste domingo, observa aliviado, o início de um Mundial que quase escapuliu da Capital.
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O que foi concretizado do que se esperava quando a cidade se candidatou para receber a Copa?
Tivemos acesso a melhorias urbanas que não se cogitava antes. Por conta da discussão sobre as obras que entrariam na Matriz de Responsabilidades, começamos a conversar seriamente com o governo federal sobre o metrô. As obras ficarão como legado. Além disso, a cidade já se tornou mais conhecida. Novas bandeiras de hotéis vieram para Porto Alegre. A cidade passou a ser incluída no material da Embratur - acredite, até 2010, nos ignoravam quando promoviam o Brasil lá fora.
Muita gente não vê tantos benefícios.
Há cobranças que são corretas, outras não se justificam. É difícil compreender estádios em cidades como Manaus, Natal, sabendo que não têm tradição com futebol. Essa é uma crítica que qualquer cidadão faz, com razão. É oportunista dizer que os investimentos poderiam ser usados em outras áreas. Porto Alegre, neste aspecto, sofre críticas injustas. Temos um estádio privado, com um investimento mínimo. Gastamos no que era importante para a população.
Houve risco de perder a Copa em algum momento?
Sim. Havíamos perdido a Copa das Confederações, quando a Fifa viu que o estádio não ficaria pronto. Mas o impasse entre o Inter e a Andrade Gutierrez se estendeu, e a Fifa foi muito clara em dizer que não existia plano B. Fui cobrado pelos gremistas por não levar a Copa para a Arena, mas a Fifa disse em alto e bom tom: é o Beira-Rio ou não tem Mundial. Hoje dá para dizer: quase perdemos a Copa.
Esse investimento valeu a pena?
Sim. Quando baixar a poeira, talvez depois das eleições, que é muito difícil ser racional em época de eleição, as pessoas vão perceber que para o Rio Grande do Sul a Copa foi muito boa.