O Grêmio foi excluído da Copa do Brasil devido aos atos racistas de alguns de seus torcedores. Punição injusta para o clube, mas salutar para o futebol e para a sociedade. A absolvição do clube seria o perdão dos atos dos torcedores. E faria com que esses atos fossem repetidos em outros jogos.
Wianey Carlet: o STJD pegou pesado ao excluir o Grêmio
Um dos julgadores chegou a citar a atitude provocadora e estúpida da Geral, que na partida seguinte voltou a entoar cânticos racistas. Já defendi muito essa torcida, mas desisto.
Zini Pires: gremista precisará cuidar do torcedor ao seu lado na Arena
Quando a Geral surgiu, chamada de Alma Castelhana, era uma bela novidade no futebol brasileiro. Era uma torcida que cantava o tempo todo, que pulava sem parar e fazia uma linda coreografia na hora do gol, com avalanches humanas. A maneira como a Geral torcia trouxe mais torcedores para o Grêmio e fez com que outras torcidas, inclusive a do Inter, a imitassem. Mas o poder corrompe.
Diogo Olivier: Grêmio de Everaldo não merecia, mas a decisão foi justa
A Geral cresceu e seus líderes, percebendo o poder que tinham, usaram sua influência para se transformar em torcedores profissionais. O que se viu, então, foi violência e tráfico de influência. Antes a Geral era um exemplo de alegria e trazia torcida para o Grêmio. Hoje, os torcedores se afastam da Geral, porque sabem que ela só prejudica o clube.
A Geral tem um espaço só para ela na Arena. Esse espaço deveria lhe ser subtraído pela direção. A Geral é diretamente culpada por essa vergonha que o Grêmio está passando em todo o país.
O Grêmio deve usar esse revés para crescer, para se aperfeiçoar como entidade e para limpar de vez a sujeira que ainda existe nas arquibancadas da Arena.
Leia também:
Gaúcho da Geral será intimado a depor sobre atos de racismo
Quarto suspeito nega ter cometido, ouvido ou visto racismo na Arena
*ZH Esportes